Você já ouviu falar na sigla GH - e, mais especificamente, sobre a dieta do GH? Trata-se de um plano alimentar que visa estimular o hormônio do crescimento e, assim, promover a perda de até 4 kg em 30 dias.
Porém, é preciso cuidado ao seguir o método. A seguir, explicamos como funciona.
O que é GH: hormônio do crescimento
GH significa growth hormome - hormônio do crescimento, em inglês. Produzido na hipófise, uma glândula localizada no cérebro, ele é essencial na vida de qualquer um, pois é o responsável pelo crescimento físico do ser humano.
Conforme explicado pela endocrinologista Vivian Estefan, do Hospital Edmundo Vasconcelos, o hormônio tem o ápice de sua produção durante a infância e adolescência por conta da fase de crescimento e, na fase adulta, tem sua quantidade reduzida.
Dieta do GH
Desta forma, a dieta do GH visa estimular a produção da substância. Isso porque, segundo explica a médica, ela também tem a função de aumentar o metabolismo, ajudar na produção de massa magra e produzir mais energia ao corpo, gerando bem-estar e disposição.
Para isso, três hábitos são estimulados: exercício físico, dieta balanceada e sono de qualidade – extremamente importantes para obter um resultado completo, já que todos contribuem com a produção do GH.
Como fazer a dieta do GH?
O cardápio deve priorizar alimentos ricos em aminoácidos, que agem na produção do hormônio - e uma dieta balanceada ajuda mais ainda neste efeito. Vivian sugere dividir o dia em cinco refeições: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.
Ela ressalta que é de extrema importância consultar um endócrino para fazer um exame laboratorial antes de dar início à dieta – assim, o paciente saberá realmente se essa é a melhor opção para fazer.
“Não tem muito segredo nessa dieta, nada mais é do que uma alimentação balanceada e correta que conta com proteínas, carboidratos complexos e gorduras boas divididos em cinco refeições”, explicou.
Cada refeição deve conter:
60% do valor calórico total em carboidratos complexos: cereais, grãos, pão integral e outras opções não refinadas;
25% do valor calórico total de proteína magra: carne vermelha magra, frango, peixe, ovo e leite desnatado;
15% do valor calórico total de gordura boa: azeite, abacate, amêndoas e nozes;
Micronutrientes: verduras e legumes à vontade;
Frutas: com moderação, pois, apesar de serem carboidratos bons e com vitaminas, podem ser calóricas.
O que evitar?
Assim como qualquer outra dieta, é importante diminuir os açúcares, a farinha branca, bebidas gasosas, bebidas alcoólicas e frituras.
Quanto emagrece?
Segundo a médica, essa dieta pode fazer com que a pessoa perca 4 kg em 30 dias. Isto porque aumenta a massa magra e faz o metabolismo trabalhar mais, conforme há menos ingestão de calorias e utilização de alimentos que possam estimular o hormônio do crescimento.
“Mas, é importante fazer tudo certinho, inclusive, ter um bom sono e fazer exercícios físicos”, contou.
Quem não pode fazer a dieta?
Conforme explica a nutricionista Thais Conzo, antes de fazer qualquer tipo de dieta, é importante consultar um profissional e fazer exames para ver qual a melhor opção. “É importante ver antes como está o colesterol e triglicerídeos – que é a reserva de energia do corpo humano”, contou.
As pessoas que não podem entrar nesta dieta são aquelas com diabetes ou problemas renais.
Cuidado importantíssimo
Segundo a endocrinologista, algumas pessoas optam pelo uso da injeção do hormônio para estimular sua produção. Entretanto, ela ressalta que esse método é perigoso e absolutamente contraindicado para pessoas que não têm a deficiência do hormônio de crescimento – ou seja, aquelas que só querem usá-lo para fins estéticos.
“É muito melhor que a pessoa faça uma dieta balanceada e natural do que aplicar as doses. Além do que, é uma pratica extremamente perigosa, já que causa diversos efeitos negativos.”
Alguns dos riscos causados pela injeção de hormônio do crescimento sem necessidade são:
- Dores articulares
- Dores musculares
- Síndrome do túnel de carpo
- Diabetes
Aumento da pressão intracraniana
Caso a pessoa tenha algum tumor, a aplicação pode favorecer seu desenvolvimento mais rapidamente
A aplicação do hormônio só é indicada para quem tem deficiência e dificuldade de crescimento, o que, segundo Vivian, é descoberto na infância e por meio de exames específicos.
“Somente este grupo pode tomar as doses – que serão receitadas individualmente para cada paciente, a fim de não causar nenhum mal à saúde”, explicou.
Fonte desse artigo aqui.
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