Evolução das máquinas IA: IA poderá se reproduzir sozinha até 2028, diz ex-executivo da OpenAI

Impacto da Inteligência Artificial no Mercado de Trabalho Brasileiro: Desafios e Perspectivas

Evolução das máquinas: IA será capaz de se reproduzir sozinha até 2028, diz ex-executivo da OpenAI

O avanço da inteligência artificial (IA) está transformando rapidamente o cenário do mercado de trabalho em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Há previsões de que até 2030, cerca de 15,7 milhões de trabalhadores brasileiros poderão ver suas atividades substituídas por máquinas inteligentes, o que representa aproximadamente 50% dos empregos formais no país. Setores como manufatura, varejo, transporte e logística seriam os mais afetados por essa transformação.

Especialistas alertam para as consequências dessa mudança, que já resultaram em milhares de demissões em cargos gerenciais nos últimos nove meses. Essa transição marca uma nova fase na relação entre tecnologia e emprego, com empresas cada vez mais adotando tecnologias inteligentes para otimizar processos, aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.

IA será capaz de se reproduzir sozinha até 2028, diz ex-executivo da OpenAI


O alerta foi intensificado pelo CEO da startup Anthropic e ex-vice-presidente de Pesquisa da OpenAI, Dario Amodei, durante uma entrevista ao jornalista Ezra Klein, do The New York Times. Amodei alertou para um futuro distópico, onde as IA's alcançarão níveis de autonomia que representarão um risco significativo para a segurança geopolítica e militar global entre 2025 e 2028.

Atualmente, a Anthropic categoriza os níveis de segurança para IA's, identificados pela sigla ASL. Amodei destacou que estamos no nível 2, onde os modelos de linguagem já podem fornecer informações perigosas, como a construção de armas biológicas, por exemplo. No entanto, ele ressaltou que essas informações ainda são pouco confiáveis e representam um risco relativamente baixo.

A preocupação aumenta quando se considera o potencial alcançado no nível 3, que poderá ser atingido já no próximo ano. Neste estágio, o risco de uma catástrofe seria consideravelmente maior, com a possibilidade de utilização dessas tecnologias em armas biológicas e cibernéticas.

Além disso, Amodei enfatizou que o nível 4, ainda especulativo, poderia trazer características como autonomia e habilidade de persuasão. Ele estima que modelos com essa classificação poderão surgir entre 2025 e 2028, levantando questões sérias sobre a segurança global diante do uso militar dessas tecnologias.

Diante desse cenário, o CEO enfatizou a importância de monitorar de perto o desenvolvimento e a aplicação das IA's, especialmente considerando o potencial de alguns estados em aumentar suas capacidades militares com essa tecnologia.

Com investimentos de gigantes como Amazon e Google, a Anthropic lançou seu próprio modelo de linguagem, o Claude – a startup afirma que desenvolve a tecnologia de maneira mais responsável que a OpenAI (os fundadores da Anthropic são dissidentes da dona do ChatGPT). A IA da Anthropic já está em sua terceira versão, desde março deste ano.

A adaptação às mudanças provocadas pela inteligência artificial exigirá não apenas políticas governamentais eficazes, mas também um esforço conjunto de empresas, trabalhadores e sociedade civil para garantir que os benefícios dessas tecnologias sejam equitativamente distribuídos e que os desafios relacionados à segurança e ao emprego sejam enfrentados de maneira responsável e ética.

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