O Programa Mundial de Mosquitos, uma iniciativa da Universidade Monash financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, surge como uma proposta ambiciosa para erradicar doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika, febre amarela e chikungunya.
A Abordagem do Programa Mundial de Mosquitos
A estratégia central do programa envolve a modificação genética dos mosquitos, especificamente do Aedes aegypti, transmissor de várias doenças. Os ovos desses mosquitos são injetados com a bactéria Wolbachia, e, ao serem liberados, acasalam-se com a população natural, visando erradicar as espécies transmissoras de doenças.
O microbiologista Scott O'Neill, diretor do programa, explica que a bactéria Wolbachia é cultivada nos mosquitos modificados e, ao serem soltos nas comunidades, a bactéria se propaga para a população selvagem de mosquitos. Esse processo visa, na teoria, diminuir a transmissão de vírus como dengue, zika e chikungunya.
Desafios e Consequências Não Consideradas - Mosquitos Mutantes
Contudo, críticos apontam para lacunas significativas na abordagem. Experimentos em massa com mosquitos geneticamente modificados podem desencadear pressões seletivas, levando ao desenvolvimento de características resistentes em mosquitos e patógenos. Além disso, há registros de mutações em sistemas letais destinados a controlar populações de mosquitos.
Os mosquitos geneticamente modificados não erradicam as doenças transmitidas por vetores com perfeição e certeza. Mutações foram documentadas em sistemas de letalidade geneticamente modificados que se destinavam a controlar populações de mosquitos.
Os pesquisadores também disseram que há "potencial para a quebra genética dos sistemas de letalidade por mutações espontâneas raras, ou seleção para supressores inerentes". Essas mutações podem causar doenças transmitidas por vetores resistentes que são ainda mais difíceis de erradicar e/ou tratar quando infectam humanos. (Relacionado: O experimento com mosquitos transgênicos deu terrivelmente errado, e as consequências podem ser uma pandemia)
Já se descobriu que os mosquitos cruzaram e deles nasceram uma linhagem ultra resistente a repelentes e inseticidas, além de transmitirem outros vírus. pic.twitter.com/uSNFDqdLHl
— Carol 🇧🇷🪸🐟 (@Carolcoralmarin) March 7, 2024
Resultados e Implicações no Brasil
O Brasil tornou-se epicentro dos experimentos do Programa Mundial de Mosquitos desde 2011. Embora os estudos-piloto tenham inicialmente indicado redução no risco de transmissão de vírus, resultados a longo prazo mostram um aumento alarmante nos casos de dengue. Em 2024, o país enfrenta uma incidência quatro vezes maior de infecções por dengue comparado a 2023.
A Fundação Gates, que financiou os experimentos, agora investe em uma vacina experimental contra a dengue [Qdenga - já causando efeitos negativos mortais, a médio e longo prazo são desconhecidos] e em uma fábrica de reprodução de mosquitos, capitalizando milhares de dólares sobre os desdobramentos de seu próprio experimento causador de doenças. Críticos alertam para a necessidade de uma abordagem mais cautelosa diante dos riscos emergentes.
O Programa Mundial de Mosquitos representa uma tentativa inovadora de combater doenças transmitidas por vetores. No entanto, os desafios emergentes destacam a importância de uma avaliação contínua dos métodos utilizados, considerando as consequências a longo prazo.
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