SIM, a hidroxicloroquina é comprovada cientificamente contra a COVID-19

Aqui você verá uma reflexão histórica sobre ciência e todas as provas irrefutáveis do funcionamento do medicamento hidroxicloroquina contra a COVID

Coletividade EvolutivaBrasilSIM, a hidroxicloroquina é comprovada cientificamente contra a COVID-19

SIM, a hidroxicloroquina é comprovada cientificamente contra a COVID-19

O mundo está parado. Há pânico e medo na população global instaurado pela covarde maquina da manipulação ( Grande Mídia - TVs). Para a imensa maioria dessas vítimas, uma cura com alta porcentagem de sucesso foi negligenciada. Outros milhões estão sendo enganados pelas "autoridades de saúde" do poder juntamente pela mídia convencional sobre o tratamento precoce com Hidroxicloroquina, enquanto censura os médicos que são pró-hidroxicloroquina. Enquanto isso, mais outros milhões com depressão, sem perspectiva de vida e de felicidade. Tudo devido a uma tempestade perfeita e bem orquestrada para cometer erros grosseiros. Tudo aproveitado, convenientemente, por interesses mesquinhos.

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS, E AQUI VOCÊ VERÁ TODAS AS PROVAS IRREFUTÁVEIS SOBRE A EFICÁCIA DA HIDROXICLOROQUINA CONTRA A COVID-19.

 O empurra goela adentro da população, experimentos de vacinas COVID recentemente criadas  virou um viés politico, e quem nega essas vacinas experimentais do vírus da China em humanos, estão rotulando agora de negacionistas da vacina. Entretanto, os pró-vacinas experimentais, vamos chama-los também de negacionistas do tratamento precoce que salva-vidas, vamos coloca-los também como anti-vida, negacionistas daqueles que estão na linha de frente salvando vidas com hidroxicloroquina.

 A fraudemia já teria acabado se tivesse distribuído o medicamento com indicão de protocolo de como utiliza-lo em sua própria casa e pronto... Mas a agenda fraudemia tem que seguir e os gananciosos do poder estão ganhando muito dinheiro sustentando a farsa em cada país para adentrar no novo mundo da agenda globalista em andamento.

Veja os fatos - Como iniciou a proposta da hidroxicloroquina como tratamento da doença

Por : Filipe Rafaeli - Em 17 de março de 2020, um estudo promissor sobre um tratamento para a COVID-19 foi publicado. A origem era o IHU-Mediterranée Infection, um hospital Universitário em Marselha, no sul da França. O principal cientista deste estudo era o professor Didier Raoult, diretor desse centro pesquisa considerado de excelência.

De acordo com o site Expertscape, Didier Raoult não é um cientista qualquer. Ele é um dos maiores especialistas do mundo em doenças transmissíveis. Este site faz estatísticas, por especialidades, da produção científica mundial.

Raoult possui a imensidão de quase 3 mil artigos científicos publicados na Pubmed. Definitivamente, ele não é um maluco fazendo alegações fantásticas, como alguns sugerem.

Além disso, a idéia de usar a hidroxicloroquina como base para o tratamento da COVID-19 não surgiu do nada. Foi uma construção em conjunto. Em 2005, já havia um estudo norteamericano especulando sobre o potencial deste medicamento, tanto para tratar a doença manifestada por vírus, como para profilaxia.

Este estudo de 2005 era sobre o irmão mais velho da pandemia atual, o SARS-Cov1, uma doença também respiratória, também por coronavírus e também iniciada na China, ocorrida em 2003, mas que não se espalhou pelo mundo e teve poucas mortes.

O estudo de Didier Raoult e equipe se baseou em relatos de que na China, no começo do ano, estavam usando este medicamento para tratar a COVID-19 com relativo sucesso.

Neste contexto, quando a pandemia já atingia a França, o IHU-Marselha iniciou um teste clínico, com poucos pacientes, em dois braços. No primeiro grupo, ministraram apenas HCQ, como na sugestão da China, e no outro, uma dupla de medicamentos: a HCQ e a Azitromicina (AZ), um antibiótico.

A aplicação dos dois medicamentos em conjunto foi a grande descoberta da equipe de Raoult. Os seis pacientes que receberam a dupla terapia, e logo no início dos sintomas, tiveram uma recuperação muito rápida, com resultados superiores à hidroxicloroquina sozinha. Em apenas cinco dias, todos os seis já haviam se livrado do vírus, informava o artigo.

Tanto a hidroxicloroquina como a azitromicina são medicamentos antigos, baratos, fabricados em todos os lugares e sem patentes. Uma terapia com esses dois medicamentos custa aproximadamente 5 dólares por paciente.

A hidroxicloroquina, que é a base do tratamento, é bastante conhecida e muito segura. Possui 65 anos de idade e foi usada originalmente para combater a malária. Com o passar do tempo, descobriram que era útil tanto para Lupus como para artrite reumatoide, os usos mais comuns. Há estudos, inclusive, sobre o uso deste medicamento para combater a AIDS, com resultados considerados interessantes mas não definitivos.

Três dias depois da divulgação do estudo, em 21 de março, Donald Trump, o presidente dos EUA, anunciou a descoberta de Didier Raoult. Ele foi responsável por colocar o nome deste medicamento na pauta de todos os jornais do mundo. Trump anunciou como a possibilidade de uma grande “mudança de jogo”. A pandemia já atingia os EUA.

Logo no início de abril, um médico de uma pequena cidade próxima a Nova York anunciou já estar tratando pacientes com esse protocolo. Dr Vladimir Zelenko, além da hidroxicloroquina e azitromicina, incluiu zinco no cocktail.

Zelenko, mesmo apenas sendo um simples médico e não um cientista com um longo histórico de pesquisas, aparentemente fez uma grande descoberta. Todas as informações sugerem, hoje, que a inclusão do zinco foi uma evolução importante. Estudos recentes já vinculam a deficiência de zinco com a gravidade da doença.

No início de abril, Zelenko já anunciava ter tratado cerca de 200 pacientes, a maioria deles idosos, entre outros pacientes de grupos de risco. Ele relatava que não teve nenhuma morte. Algo bastante animador.


Dizer que é “caso anedótico” foi o primeiro argumento contra o uso, mas era, naquele breve período de tempo, um argumento justo

O estudo de Marselha era apenas preliminar. Eles publicaram a descoberta mesmo sendo o resultado de apenas seis pacientes com a dupla terapia.

No próprio estudo eles avisavam que era preliminar. Divulgaram rapidamente pelos resultados serem, segundo eles, muito animadores. Argumentaram que a divulgação ocorreu por uma questão de ética. Não poderiam esperar um estudo completo, finalizado, para a publicação. A notícia precisava ser espalhada e vidas precisavam ser salvas a partir daquele momento.

Foi assim que todos aprendemos o que são “casos anedóticos”. O que isso significa? Que com poucos pacientes, sem um estudo mais aprofundado, não pode ser considerado como prova científica. É necessário possuir mais consistência.

Os casos anedóticos são importantes na medicina porque eles sugerem um tratamento. A partir deles, desenvolvem-se estudos, mais completos, com grande quantidade de pacientes.

Donald Trump anunciou com estardalhaço. Anthony Fauci, o chefe da força tarefa dos EUA no combate à pandemia, foi quem explicou para todos o que são os casos anedóticos. Ele também explicou o que é o “padrão ouro” da ciência”, o nível máximo de evidência: é um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, duplo cego, revisado por pares e publicado em uma revista médica de prestígio, com fator de impacto.

De acordo com Fauci, nenhum tratamento médico consegue provar o funcionamento se ele não for um estudo "padrão ouro".


O que é um estudo “padrão ouro” da ciência?

Randomizado significa sortear pacientes em dois grupos semelhantes de idade, sexo e doenças prévias. Em um deles, aplica-se os medicamentos. No outro, os placebos. Os que recebem o placebo são o controle para comparação de resultados.

Duplo cego significa que nem os pacientes nem os médicos que estão fazendo os atendimentos sabem quais pacientes estão recebendo o placebo ou o medicamento.

Revisado por pares quer dizer que, depois de finalizado o estudo, antes da publicação, outros cientistas verificam a qualidade científica, fazem revisões e correções. Ou seja, outros cientistas atestam a qualidade do estudo.

Jornais científicos com fator de impacto são rankings criados para designar as mais importantes revistas de medicina. É um conceito que parece ser interessante, mas é perigoso. Hoje as três primeiras do ranking são: a New England Journal of Medicine, a Lancet e a Jama. Existem diversas outras. Quanto maior o ranking, mais prestígio tem o trabalho publicado.

A sigla para os ensaios randomizados é RCT (Randomized Controlled Trial).


Antes de iniciarem os testes clínicos randomizados para atestar ou não o funcionamento da hidroxicloroquina, Raoult e Zelenko foram atacados impiedosamente

Foram investigar a vida de Didier Raoult em detalhes. A matéria que mais viralizou foi a de um site com um nome imponente: “For Better Science”. É de propriedade do alemão Leonid Schneider. A primeira saiu alguns dias depois, em 26 de março. No total, sobre Raoult, foram cinco artigos. “Médico bruxo” era um dos títulos. “Louco e perigoso”, concluiu Leonid.

O dossiê sobre a vida do cientista chegou a abordar acusações de bullying e de que ele havia acobertado casos de assédio sexual ocorridos em seu instituto. “Fim da partida?”, perguntou um dos textos sobre Raoult.

Leonid também abordou alguns casos preocupantes, como falsificações ocorridas em trabalhos do IHU-Marselha. Encontraram pelo menos cinco trabalhos com imagens de microsocópio alteradas no photoshop.

A informação de que Raoul já produziu quase três mil artigos, e que isso seria estatisticamente irrelevante, Leonid omitiu.

Fui acompanhar o que dizia Raoult: ele explicou que um dos alunos alterou essas imagens e que isso passou despercebido em toda a equipe.

Logo o artigo seguiu em outra direção, mais burocrática. Acusaram Raoult de ser amigo do Editor da revista onde o estudo preliminar foi publicado. Essa discussão evidenciou o que considero hoje um fetiche entre cientistas com publicações e com o "fator de impacto” dos jornais científicos.

Eu li com atenção o artigo de Leonid Schneider. O que prometia ser uma reportagem bombástica, criou bastante expectativa durante desenvolvimento do texto, mas não tinha a informação sobre o que eu realmente queria: e afinal, os seis pacientes foram curados em cinco dias ou não? Ele não respondeu.

“Cura milagrosa” foi o jeito que o New York Times se referiu a Raoult. Todas essas matérias serviram para assassinar a reputação do cientista, mas não são nada importantes quando comparadas às ameaças de morte que Didier passou a receber logo depois de propor o tratamento com dois medicamentos genéricos e baratos.

Nos EUA, o principal porta voz do tratamento passou a ser o Dr Vladimir Zelenko. Ele publicou vídeos no Youtube falando que tratou pacientes com as medicações. Afirmou que obteve bons resultados e que a imensa maioria dos pacientes melhorava rapidamente.

O Youtube apagou seus vídeos por serem “desinformação”. Há uma regra imposta: apenas pode-se dizer que o medicamento funciona nas redes sociais, no sites de ciência e nos grandes jornais, se houver um estudo RCT (Randomized controlled trial) com resultado positivo.

Logo fizeram uma reportagem sobre Zelenko no New York Times. Colaram nele o mesmo selo de “cura milagrosa” que colaram em Raoult. O jornal criou uma teoria de conspiração: a motivação de Zelenko para afirmar que o medicamento funcionava só poderia ser política, afinal, Trump era entusiasta deste tratamento. Zelenko virou uma “estrela da direita”, escreveram os jornalistas do Times.

A reportagem era um perfil detalhado de Zelenko. Explicou que ele não simpatizava com Hillary Clinton, que vivia no interior, que se recuperava de um câncer, mas não investigou a única coisa que realmente interessava: e afinal, os pacientes dele, morreram ou não morreram?

Porque se ele tratou 200 pacientes de alto risco e não morreu ninguém, já seria a comprovação científica do funcionamento.

Simples assim. É a regra mais básica da ciência: a reprodução.

É simples mesmo. A doença tem um começo, meio e fim rápido. Em cerca de 15 dias depois de apresentar os sintomas, sem nenhum medicamento efetivo, uma porcentagem entre 3 e 6% dos pacientes sintomáticos precisam ser entubados para continuarem vivos.

Nesta expectativa, era para terem morrido pelo menos seis pacientes. Qualquer número abaixo disso, em uma distribuição normal da sociedade norteamericana, significa que o medicamento funciona.

(Veja aqui o gráfico dos EUA de porcentagem de fatalidade na época da publicação da notícia).


E logo ocorreu uma bifurcação entre a ciência da vida real e a ciência da burocracia científica

Com a informação que apenas pode-se fazer recomendações médicas com ensaios randomizados (RCT) positivos, seguiu-se com o "método científico".

Foram produzir estudos RCT, para depois serem revisados por pares e, na sequência, serem publicados em revistas de impacto.

Mas os estudos RCT são demorados, muito caros, levam tempo para projetar, organizar e apresentar os resultados.

Neste contexto, todos os jornalistas de ciência passaram a escrever e explicar esse processo. E as decisões governamentais, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da FDA, órgão norteamericano, se mantiveram aguardando esses resultados.

Por outro lado, na ciência da vida real, com os bons indícios do primeiro estudo de Didier Raoult e a confirmação por Zelenko, médicos começaram a atender pacientes com esses medicamentos. Assim outros tipos de estudos passaram a ser produzidos: os estudos observacionais. Eles são rápidos e baratos de serem feitos.


O que são os estudos observacionais e quais as diferenças entre eles e os RCT?

Médicos, clínicas ou hospitais atendendo pacientes no meio de uma pandemia podem fazer, com certa facilidade, estudos observacionais. Eles podem tanto confirmar um protocolo existente, como o do IHU-Marselha, ou podem incluir mais medicamentos.

A diferença entre os observacionais e os RCT é que não há randomização e controle duplo cego por placebo. Os médicos sabem que estão entregando os medicamentos e os pacientes sabem que estão tomando os medicamentos.

A comparação, para saber se o tratamento obteve sucesso ou não, é com pacientes que não foram medicados. Esses pacientes podem ser dos mesmos hospitais, de outros hospitais, ou com uma média geral de mortalidade da cidade, região ou país. 

E pela falta de randomização, ou seja, a distribuição semelhante de pacientes por características, entre os que recebem o medicamento ou o placebo, se a diferença de resultados clínicos entre os grupos for pequena, é mais difícil julgar se o tratamento funcionou ou não.


Os quatro tipos possíveis de uso da hidroxicloroquina contra a COVID-19

Existem quatro possíveis usos do hidroxicloroquina. O que Raoult propôs foi o tratamento precoce. Ou seja, o início do tratamento nos primeiros dias de sintoma, antes da doença se agravar. É o uso mais óbvio. Em todas as doenças os médicos recomendam iniciar os tratamentos o mais cedo possível. 

Além disso, existem mais outras possibilidades. A primeira é a profilaxia pré-exposição: é quando os pacientes tomam a medicação antes de ter contato com o vírus.

A segunda é a profilaxia pós-exposição, que é quando o paciente toma a medicação logo após ter contato com alguém infectado, e a terceira possibilidade é o tratamento já com a doença avançada, grave, em pacientes já hospitalizados, necessitando de oxigênio ou intubados.


Na ciência da vida real, estudos observacionais de tratamento com hidroxicloroquina em tratamento precoce trazem resultados espetaculares

Existem diversos estudos observacionais, além dos feitos no IHU-Marselha, de tratamento com o protocolo de HCQ + AZ nos primeiros dias de sintoma. 

Alguns são apenas de hidroxicloroquina e alguns com outras combinações de medicamentos. Aqui trago alguns que deixaram bem claro em seus estudos que se tratava de tratamento precoce.

Linha do tempo dos estudos observacionais em tratamento precoce:

22 de maio
Casas de repouso em Nova York, EUA
Em vez da combinação hidroxicloroquina e azitromicina, o segundo medicamento era a doxicilina. O estudo liderado por Imtiaz Ahmad foi feito com 54 pacientes de alto risco em três casas de repouso em Nova York. Apenas 11% dos pacientes foram transferidos para hospitais e apenas 6% morreram.

A comparação foi com outra casa de repouso. Em King County, Washington, onde não houve tratamento, 57% dos pacientes foram hospitalizados e 22% morreram. “Uma diminuição da transferência para o hospital e a uma diminuição da mortalidade foram observados após o tratamento”, afirmaram os cientistas.

É uma diferença grande, como podemos dizer que não funciona?

31 de maio
Clínicas particulares na França

Em estudo feito por Violaine Guérin e equipe acompanhou o resultado de 88 pacientes. A combinação hidroxicloroquina e azitromicina reduziu as mortes em 43% e o tempo de recuperação em 65%, comparados ao grupo controle.

25 de junho
IHU-Mediterranée Infection, Marselha, França.

O instituto onde Didier Raoult é professor publicou seu estudo "final", mais sólido, com 3737 pacientes. Antes eles já haviam publicado duas prévias, com 80 e com 1000 pacientes.

Do total, 3,119 receberam a combinação de medicamentos. A taxa de mortalidade foi de 0,5%. O resultado mais impressionante é que nenhuma pessoa com menos de 60 anos de idade morreu, e boa parte do total possuía comorbidades anteriores: 7,5% tinha diabetes, 13,1% hipertensão e 11,1% era obeso.

As pessoas podem fazer as críticas que desejarem a esse estudo observacional, mas um fato é imutável: ninguém com menos de 60 anos morreu. Isso é um dado impressionante.

Para comparação, na região de Ile-de France, onde fica Paris, não foram usados os medicamentos. Lá, abaixo de 60 anos, as mortes foram pouco mais que 9,7% entre as fatalidades. Em outra região da França, a Grand-Est, 4,3% das mortes representavam a população menor que 60 anos.

Em outro hospital público em Marselha, cerca de 2,5% dos contaminados morreramEntre os pacientes que bateram na porta do IHU-Mediteranée Infection foram 0,5% de mortos.

É uma diferença brutal. Como não funciona?

13 de agosto
Arábia Saudita
Feito pela equipe de Tarek Sulaiman, do King Fahad Medical City, em Riyadh, na Saudi Arabia, o estudo envolveu 7.892 pacientes atendidos em 238 clínicas em todo o país. 3.320 pacientes receberam a hidroxicloroquina. A comparação foi com 4.572 que não tiveram a medicação.

Envolviam pacientes apenas com exame positivo. Entre os que tomaram a medicação, mais 70% na redução da mortalidade. “A intervenção precoce com terapia baseada no HCQ em pacientes com sintomas leves a moderados na apresentação está associada a resultados clínicos adversos mais baixos entre os pacientes da COVID-19, incluindo admissões hospitalares, admissão na UTI e morte”, concluíram os cientistas.

21 de agosto
Casas de repouso em Marselha, França

Feito pelo Dr Tran Duc Anh Ly e equipe, o estudo envolvia pacientes com uma idade média de 83 anos. Foram 226 residentes infectados, 116 tratados com hidroxicloroquina e azitromicina. 53,5% menos mortes entre os que tomaram as medicações.

25 de agosto
Hackensack University, EUA
Estudo de Andrew Ip, da Universidade de Hackensack, em Nova York, envolvia 1,274 pacientes. Era apenas com hidroxicloroquina, sem a azitromicina, onde 97 tomaram a medicação. A comparação foi com 1177 pacientes que não tomaram. O tratamento precoce foi associado a uma redução de 47% no risco de hospitalização, concluíram os cientistas.

2 de setembro
Casas de repouso em Andorra, Europa

Coordenado pela Dra. Eva Heras, o estudo ocorreu apenas entre idosos. Envolveu 100 pacientes e a idade média era de 85 anos. Entre os pacientes que receberam HCQ e Azitromicina, 11,4% morreu. Entre os que não receberam os medicamentos, 61% morreu.

31 de outubro
Estudo do Dr Vladimir Zelenko, dos EUA.
Ele se juntou com Roland Derwand e Martin Scholz, dois pesquisadores alemães, para produzir um estudo e publicá-lo. É sobre seus pacientes atendidos próximo a Nova York.

Além da adição do zinco, há uma diferença entre seu protocolo. Zelenko não tratava pacientes que não fossem do grupo de risco. Ou seja, os medicamentos eram prescritos apenas para quem tinha mais de 60 anos de idade ou, se com menos de 60, com pelo menos alguma comorbidade.

Incluídos no estudo estavam 144 pacientes com idade média de 58 anos. Como grupo controle, 377 outros pacientes da mesma comunidade. Entre os que receberam a medicação, apenas um morto (0,7%), entre os que não receberam, 13 mortos (3,5%).

Como não funciona?

31 de outubro
Operadora de Saúde Hapvida, Brasil
A operadora Hapvida é uma das maiores do Brasil. Possui milhões de clientes. O estudo envolveu 717 pacientes ambulatoriais positivos para SARS-CoV-2. Todos com 40 anos ou mais. Foi feito por pesquisadores brasileiros da Hapvida, da Universidade Federal de Fortaleza e o professor Harvey Risch, de Yale. Entre os que não tomaram hidroxicloroquina, 3,3% de mortes. Entre os que tomaram a medicação, e em boa parte deles em conjunto com a azitromicina, 0,6% de mortes. "Este trabalho adiciona à crescente literatura de estudos que encontraram benefícios substanciais para o uso de HCQ combinado com outros agentes no tratamento ambulatorial precoce de COVID-19", concluíram os cientistas.

Hoje, no dia que escrevo, 2 de dezembro, são 23 estudos em tratamento precoce com hidroxicloroquina. Todos, sem exceção, com resultados positivos para os pacientes. Veja todos neste link.


Um resumo simples sobre os estudos observacionais em tratamento precoce: entre os pacientes que tomaram as medicações, menos mortes

"Você testou positivo para a COVID. Infelizmente não existem medicamentos aprovados".

Ver todos esses resultados e dizer que o medicamento não funciona é semelhante a chamar todos esses cientistas de imbecis. Não dá.

Pense junto comigo.

Os cientistas dão os medicamentos, e constatam que entre os que tomaram, morreram menos pacientes. E os cientistas dão destaque a isso nos estudos. A relação com a menor quantidade de mortes, claro, é com os medicamentos.

Aí você diz que não é cientificamente comprovado. E que entre os que tomaram hidroxicloroquina, realmente morreram menos pacientes, mas não é por causa do medicamento, mas por algum outro motivo aleatório.

Isso em todos os estudos de tratamento precoce!

Eu não preciso ser um cientista, com doutorado em medicina ou microbiologia, para ficar irritado com pessoas que acreditam que elas são espertas, inteligentes e que todos os outras pessoas são idiotas. Isso é passar do limite razoável de civilidade.

Pense no seguinte diálogo com uma pessoa que nega o funcionamento:

- Neste estudo aqui, da França, teve 53,5% menos mortes entre os que tomaram hidroxicloroquina.
- Mas o medicamento não funciona, não é cientificamente comprovado.
- Você está querendo dizer que os que tomaram morreram menos, mas por outro motivo, é isso?
- Exatamente.
- Mas por que morreram menos?
- Eu não sei.
- Tudo bem. Tem este outro estudo aqui, dos EUA, só com velhinhos. Os cientistas disseram que entre os que tomaram, morreram 6%, e entre os que não tomaram, morreram 11%, mas não é cientificamente comprovado, certo?
- Isso. Exatamente. O medicamento não funciona.
- Então entre os que tomaram hidroxicloroquina morreram menos, mas por algum outro motivo, é isso?
- Exatamente.
- E o Didier Raoult, o que você acha dele?
- Fraudador
- E o Zelenko?
- Defensor do Trump.
- E o cientistas de Andorra, do Brasil e da Arábia Saudita, todos fraudadores e defensores de Trump também?
- Provavelmente.
- E você, como você se define, defensor da ciência?
- Exatamente.
- Qual sua religião?
- Sou devoto fiel da igreja fundamentalista do randomizado, controlado e duplo cego.

Eu não sou cientista. Eu penso de modo bem simples, mas acho que isso é conversa de quem precisa de camisa de força.


E a ciência confirma que é, sim, conversa de quem precisa de camisa de força

Nesta pandemia há uma definição dogmática: a hidroxicloroquina só pode ser recomendada pelos governos e entidades se tivermos um RCT controlado por placebo demonstrando resultado positivo.

A outra definição é que só pode falar que o medicamento funciona, tanto nas redes sociais como nos jornais, se tiver um RCT positivo. Qualquer coisa diferente disso é "desinformação" e precisa ser censurado.

Além disso, está autorizado ofender médicos que receitarem medicamentos sem RCT. Eles são charlatões, enganadores, teóricos da conspiração e "anti-ciência".

Provavelmente sempre foi assim que funcionou a ciência médica, certo?

Não. É um discurso falso.

A história da ciência médica é baseada em estudos observacionais, mas houve uma conveniente mudança na regra exatamente agora, em 2020, durante esta pandemia, exatamente no momento que o mundo tem pressa.

Em artigo de 2011, na revista médica Jama, um estudo científico de Dong Heun Lee mostrou que apenas 14% das diretrizes de tratamento da Infectious Diseases Society of America foram baseadas no "nível máximo" de evidência, a exigência que querem da hidroxicloroquina.

Quando falamos dos medicamentos da cardiologia, 89% das recomendações não possuem essas evidências.

Já viu algum médico que receita insulina para diabéticos ser chamado de "anti-ciência" ou charlatão? Deveriam ser chamados assim, porque nunca houve um estudo "padrão ouro" sobre a insulina.

Você já tomou uma vacina anti-tetânicaEla também não tem o "nível máximo" de evidência. Devemos dizer que essa vacina foi feita sem base científica? Os teóricos da conspiração anti-vacina iriam ao delírio.

Nunca fizeram para a insulina ou para a vacina anti-tetânica porque não é necessário. Em artigo científico de 2014, Andrew Anglemeyer, epidemiologista da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, explicou que não existem diferenças significativas de resultados entre estudos observacionais e o "padrão ouro". Em outro estudo, publicado em 2000, Kjell Benson chegou às mesmas conclusões.

Ou seja, historicamente, os resultados apresentados pelos estudos observacionais coincidem com os "padrão ouro". 

Além disso, antes da pandemia, a ciência dizia outra coisa. Angus Deaton, cientista da Universidade de Princeton, EUA, em 2018, explicou que o o padrão ouro não é tão "ouro" como dizem. "Os resultados de RCT podem servir à ciência, mas são um terreno fraco para inferir o que funciona", explicou.

Em artigo de 2017,o cientista Thomas Frieden, nomeado diretor do CDC, órgão norteamericano, por Barack Obama, argumentou em seu artigo científico, publicado na New England Journal of Medicine, que as decisões públicas sobre tratamento não devem ser tomadas com base em RCTs.

Frieden comentou sobre os "custos cada vez mais altos" dos estudos "padrão ouro", além da demora da execução dessas pesquisas. "Essas limitações também afetam o uso de RCTs para questões urgentes de saúde, como surtos de doenças infecciosas", afirmou.

Nos anos recentes, pouco antes da COVID-19, a ciência médica parecia bastante sensata, não é?

O primeiro argumento dos que insistem que não funciona é que alguns dos estudos observacionais eram pre-print. Ou seja, antes da revisão por pares. Depois de revisados, os anti-tratamento mudaram de discurso: passaram a dizer que não era válido porque não é "padrão ouro".


Como a grande mídia tratou os estudos observacionais?

Depois de Didier e de Zelenko, como fica difícil chamar os autores de 113 estudos positivos para a hidroxlicoroquina de malucos, "curandeiros milagrosos" radicais de direita e de fraudadores, a solução encontrada pela mídia e pelos divulgadores científicos foi o silêncio. Não foram publicadas notícias sobre os estudos observacionais de tratamento precoce.

O New York Times, por exemplo, apenas noticiou duas vezes sobre os estudos observacionais. Um que foi posteriormente retratado pela Lancet por conter dados fraudulentos e outro feito no Brasil com uma dose de 1.2 gramas por dia por 10 dias, quatro vezes a dose da proposta por Didier Raoult, e apenas em monoterapia e em pacientes graves, com a doença avançada.


Antes de continuarmos, uma pequena história sobre AIDS entre 1987 e 89

Em 1987 aconteceu uma reunião tensa. Estavam presentes o ativista da AIDS Michael Callen, o Dr Barry Gingell e o Dr Anthony Fauci, o Czar federal sobre a AIDS nos EUA. Michael e Barry imploraram para que Fauci ajudasse a promover o uso do medicamento Bactrim como profilaxia para a pneumonia causada pela doença.

A pandemia de HIV matava muito. O mundo estava assustado e havia um intenso interesse da mídia. Os dois explicaram para Fauci que médicos da linha de frente, seguindo o protocolo de Joseph Sonnabend, um cientista Sul Africano, estavam usando Bactrim de forma bastante eficaz, com alta porcentagem de sucesso.

Todas as evidências científicas do funcionamento do medicamento foram recusadas por Fauci. Sonnabend era visto como controverso, polêmico, e como alguém que atacava a ciência. Não havia um estudo "padrão ouro" de Bactrim. Ao mesmo tempo, ninguém teve pressa em fazer um ensaio clínico deste tipo.

Foi uma reação estranha, porque alguns anos antes, quando o Dr Fauci estudava outra doença, a Granulomatose de Wegener, ele desenvolveu um tratamento com apenas 18 pacientes. Foi um estudo puramente anedótico, sem controles e sem placebo. Os resultados foram comparados apenas com dados históricos e sua terapia se tornou padrão de atendimento, sem encontrar barreiras.

Enquanto essa discussão prosseguia, o concorrente do Bactrim, o lucrativo AZT, de uma grande indústria farmacêutica, com pouca eficiência e fortes efeitos colaterais, pelo custo US$ 8.000 por ano por paciente, foi aprovado em um tempo recorde de apenas 20 meses. Era um reaproveitamento. O AZT foi originalmente pensado como uma droga contra o câncer durante a década de 60, mas foi arquivada quando se concluiu que não era suficientemente efetiva.

Foi apenas dois anos depois, em 1989, que as evidências do barato Bactrim foram aceitas e a recomendação aconteceu. Neste período, 17 mil vidas foram perdidas.

Sean Strub conta parte dessa história em uma reportagem no Huffington Post. Este horror é bem documentado e narrado em diversos livros e reportagens.

Como este escândalo médico ocorreu em pessoas com AIDS, atingindo principalmente a comunidade homossexual, boa parte da população entendeu essas mortes como castigo divino para pecadores. A história foi esquecida, lições não foram aprendidas e não foi feita e nenhuma reforma na ciência médica.

Sonnabend: Ouça-o.

O caminho fácil do Remdesivir, da Gilead, ao "padrão ouro"

O Remdesivir, concorrente da hidroxicloroquina, foi desenvolvido para o Ebola. Não teve muito sucesso em sua missão inicial e foi reaproveitado para a COVID-19.

A fabricante é a Gilead, uma gigante farmacêutica com 11 mil funcionários e um monstruoso faturamento de US$ 22 bilhões.

No primeiro trimestre de 2020, conforme o nome do medicamento ganhava notoriedade durante a pandemia, a Gilead aumentou seu gasto com lobby na administração e no congresso dos EUA. 

Com custo de fabricação de cerca de 10 dólares, o Remdesivir custa 3 mil dólares por paciente para tratar da COVID-19.

Sendo medicamento com "custo de ouro", o Remdesivir começou diretamente com o ensaio caro "padrão ouro".

Entretanto, como noticiou o Washington Post, esse estudo teve, durante o teste clínico, uma mudança de métrica, de mortalidade para tempo de recuperação. O medicamento não reduzia as mortes, mas apenas reduzia o tempo de recuperação de quem não iria morrer, de 15 dias, para 10 dias.

E mesmo fracassando na redução da mortalidade, mas por ter um estudo RCT, o governo dos EUA, em 29 de abril, anunciou o Remdesivir como "padrão de tratamento".

Assista aqui.

Na sequência, a Gilead fechou um acordo de US$ 1.2 bi com o governo dos EUA para fornecimento da medicação. Logo a empresa fez mais um acordo, desta vez com a União Europeia, de US$ 1.0 bi. Ao mesmo, a Gilead pagava uma multa de US $ 97 milhões ao Departamento de Justiça dos EUA por supostamente pagar propinas ilegais.

Além disso, enquanto várias notícias nos bombardeiam sobre os efeitos colaterais fortíssimos da hidroxicloroquina, o que é falso segundo diversos estudos, o Remdesivir, que tem comprometido seriamente os rins de pacientes tratados com este medicamento, deixando boa parte dos que sobreviveram em máquinas de diálise, não tem recebido a mesma atenção da mídia em relação aos efeitos colaterais.

E em vez de noticiar os pacientes em máquinas de diálise, a New England Journal of Medicine, o jornal médico de maior fator de impacto do mundo, teve uma abordagem amigável e publicou um editorial sobre o medicamento: "Remdesivir: um primeiro passo importante", dizia o título.


No caminho difícil da hidroxicloroquina ao "padrão ouro", entra em cena uma atriz pornô. E o mundo preferiu acreditar nela.

Em 22 de maio, um estudo sobre a hidroxicloroquina foi publicado na Lancet, o segundo jornal de medicina mais prestigiado do mundo. O principal nome era o Dr. Mandeep Mehra, professor de medicina em Harvard, EUA. A pesquisa informava que usou dados de 96 mil pacientes em 671 hospitais do mundo todo.

Concluiu que a hidroxicloroquina, promovida por Donald Trump, aumentava o risco de morte. Além disso, que o medicamento gerava arritmia cardíaca perigosa. Houve uma coincidência: o resultado encaixava-se como uma sinfonia na narrativa da grande imprensa sobre os perigos do medicamento.

Esse estudo se tornou manchete em todos os grandes jornais do mundo, junto com críticas ao Trump, presidente dos EUA, por ser anti-ciência e trazer riscos aos norteamericanos por promover este medicamento.

Dia 25 de maio, a OMS (Organização Mundial da Saúde), baseada nestes resultados, interrompeu seus estudos "padrão ouro" sobre a hidroxicloroquina. O The Guardian, um dos mais importantes jornais da Europa, além de noticiar a parada dos testes clínicos, qualificou o professor Didier Raoult como "polêmico".

Além do estudo da OMS, diversos outros "padrão ouro" mundo afora também foram interrompidos devido ao estudo da Lancet. Entre eles, o Hycovid e o Discovery, ambos na França. E um detalhe importante: os resultados parciais de ambos mostravam resultados positivos para os pacientes que tomaram os medicamentos, comparados com o placebo, quando as pesquisas foram interrompidas.

Estudo Hycovid, “padrão ouro”, mostrava 46% menos mortes para o grupo tratamento quando foi interrompido.

Quatro dias depois da publicação, em 26 de maio, o experiente professor Didier Raoult foi ao seu Twitter e fez uma acusação bombástica: disse que os dados do estudo da Lancet eram manipulados ou falsificados.

É, certamente, uma acusação de quem precisa ter muita certeza antes de fazer. Ele simplesmente disse que uma das mais prestigiadas revistas médicas do mundo publicou um estudo falso, e de um professor de Harvard, uma das mais importantes universidades do mundo.

Com uma acusação deste nível, ou os dados eram realmente falsos, ou a carreira de Raoult acabaria naquele momento. Foi um momento tenso da ciência.

Com o clima favorável a chamar de charlatão, falsificador e censurar qualquer um que diga que a hidroxicloroquina funciona, David Gorski, professor de medicina, pesquisador, e que ostenta com orgulho o cargo de editor do site sciencebasedmedicine.com, onde ele se propõe a ensinar ao mundo o que é medicina baseada em boa ciência, resolveu ofender Raoult na mesma hora.

Além de colocar, sem constrangimento algum, um ícone de fezes para se referir a Raoult, Gorski o chamou de mentiroso e patético.

Logo cientistas sérios se mobilizaram sobre o alerta levantado por Raoult. Foram pesquisar de onde vieram os dados. A origem era uma empresa obscura chamada Surgisphere. Entre os dados usados para produzir o estudo constavam hospitais inexistentes. Uma das princiais funcionárias da Surgisphere era uma atriz pornô.

É um dos mais pornográficos escândalos da ciência até o momento. Com esses dados descobertos, finalmente as histórias de bastidores com a hidroxicloroquina começaram a ser publicadas na grande mídia.

No fim das contas, o estudo da Lancet, que envolvia um atriz pornô e um conceituado professor de Harvard, depois de imensa pressão da comunidade científica, foi retirado do ar menos de duas semanas depois de publicado. Didier Raoult estava certo.

“Há pessoas que tentaram e conseguiram fazer governos e a OMS acreditarem que um medicamento que tem 70 anos, um dos dois medicamentos mais prescritos na humanidade, matou 10% das pessoas a quem foi dado”, comentou Raoult recentemente em uma entrevista. 

“É algo que deve nos levar a refletir sobre o estado de nossa sociedade, que pode ser enganada de forma incrível”, afirmou o professor.

Ainda sobre o caso, duas curiosidades: a primeira é que David Gorski ainda não pediu desculpas a Raoult. A segunda é que ao contrário dos vídeos do Frontline Doctors, médicos dos EUA que relataram bons resultados com a hidroxicloroquina e foram censurados no Youtube por "desinformação", as entrevistas de Mandeep, o autor do estudo com dados fajutos publicados na Lancet, falando pornografias sobre hidroxicloroquina, continuam no ar, disponíveis no Youtube.


No caminho esburacado da hidroxicloroquina ao "padrão ouro", mais um estudo polêmico é publicado na NEJM

No dia 2 de junho de 2020, dois dias antes da farsa na Lancet ser retratada pelo próprio jornal, foi publicado um estudo "padrão ouro" na NEJM (New England Journal of Medicine), a publicação de maior fator de impacto do mundo. Foi originalmente pensado para envolver 1300 pacientes, mas contou com pouco mais de 800.

Originário da Universidade de Minnesota, EUA, liderado por David Boulware, era sobre profilaxia pós exposição. É quando é dado o medicamento para as pessoas que tiveram contato recente com alguém contaminado. Já é um dos mais polêmicos estudos da história da medicina.

Os dados do estudo foram retratados da seguinte maneira: apesar de apresentar resultados positivos para os que tomaram a hidroxicloroquina, eram apenas resultados muito modestos e estatisticamente insignificantes, ou seja, eles poderiam ter ocorrido ao acaso.

Representava o enterro definitivo da hidroxicloroquina. É o estudo que mais viralizou no meio médico como prova definitiva que o medicamento não funciona. Em qualquer debate as pessoas enviavam este link.

Afinal, era um estudo randomizado, duplo cego, controlado por placebo, e publicado na mais conceituada revista de medicina do mundo.

O argumento era que um estudo "padrão ouro", por ser um nível de evidência mais alto, anularia os resultados positivos dos estudos observacionais.

Diversas polêmicas, que duram até hoje, ocorreram sobre este estudo. Enquanto o estudo observacional, feito em São Paulo, da operadora de Saúde Prevent Senior, com resultados positivos para a hidroxicloroquina, foi rejeitado pela comunidade médica devido ao diagnóstico dos pacientes não ter sido por testes de COVID-19, mas sim por sintomas, o estudo da Universidade de Minnesota, também deficiente em testes, mas sem resultado positivo, foi festejado, sem nenhuma crítica, por boa parte da comunidade médica e científica.

Acredite, o método do estudo foi uma enquete de internet. Enviaram pelo correio as medicações e os placebos, e as pessoas respondiam por formulários seus sintomas. Um processo menos preciso do que o da Prevent Senior, onde enviavam por courier os medicamentos para a casa dos pacientes e verificavam os sintomas por telemedicina em vídeo, em entrevistas com os pacientes, ou por exames avançados de lesões nos pulmões. Além disso, no caso de São Paulo, se os pacientes pioravam, eles seriam internados no próprio hospital da operadora, com mais facilidade para acompanhar os desfechos. Já a virtude do estudo de Boulware era ser randomizado.

Este estudo de Boulware, por ter virado referência, gerou reclamações pesadas da equipe de Raoult. Eles enviaram uma Manifestação de Preocupação para a editora. Terminavam assim: "Por quanto tempo abusará da nossa paciência? Os preconceitos demonstrados nos estudos sobre a COVID-19 foram além, como na Lancet, de tudo o que foi visto até agora. Por favor, devolva-nos uma revista que possamos utilizar para a educação médica".

A diferença de abordagem também pode ser comparada com o caso da aprovação do Remdesivir. No caso do medicamento da Gilead, o estudo que foi utilizado para sua aprovação pela FDA mostrava resultados modestos e não estatisticamente significantes, mas isso não impediu a aprovação, gerando movimentações nas bolsas de valores.


Mas o estudo de Boulware, na verdade, confirma cientificamente o funcionamento da hidroxicloroquina

Todo mundo está ficando bastante em casa, com medo, evitando de sair ao máximo e praticando distanciamento social. Entretanto, a pandemia chegou para todos e algo inédito está ocorrendo na ciência: um grande número de pessoas passou a estudar as publicações científicas.

Antes, os estudos de medicamentos ficavam bastante restritos em pequenos grupos de pesquisadores e jornais médicos. Hoje uma grande quantidade de cientistas de diversas áreas estão conferindo todas as publicações em detalhes.

O processo de revisão por pares é, sem dúvida alguma, um dos valores mais importantes da ciência. Assim muitos cientistas, vendo a hidroxicloroquina sendo negada para a população, e espantados com o medicamento mostrar resultados significativos em estudos observacionais e não mostrar o mesmo desempenho em estudos "padrão ouro", contrariando a lógica e a história da medicina, resolveram ir a fundo exatamente no ponto que estava barrando: os estudos randomizados, duplo cego e controlados por placebo. Ou seja, esses cientistas foram jogar no campo do adversário.

Marcio Watanabe, professor de estatística na Universidade Federal Fluminense e doutor em estatística pela USP, uma das mais prestigiadas universidades da América Latina, foi um dos cientistas que revisou o trabalho de Boulware na NEJM.

Com uma análise aprofundada, ele constatou que os pacientes que receberam o medicamento mais cedo tiveram efeitos maiores. O estudo de Boulware estava interpretando e apresentando de maneira errada os seus próprios dados. Quando leva muito tempo para a profilaxia e misturam todos pacientes ao longo do tempo, o efeito perde potência estatística.

Já quando os dados são analisados levando em conta o intervalo entre a exposição e o início do tratamento, eles revelam um padrão claro: os pacientes que começaram o tratamento mais cedo tiveram resultados melhores do que os que começaram o tratamento mais tarde.

Os dados indicam que tomar a hidroxicloroquina logo no dia da exposição poderia levar a uma redução de contágio sintomático de mais de 50%, concluiu Watanabe. Tempos curtos em profilaxia pós exposição é o normal da ciência médica. Em casos de exposição ao vírus da AIDS, os tratamentos profiláticos, para terem efeitos, envolvem poucas horas, não dias.

Eu entrevistei Watanabe para saber o resultado de sua revisão enviada para a NEJM. "Eu nunca tive resposta da NEJM, nem negativa nem positiva. Eles disseram que só analisariam a carta em um momento futuro, sem dar uma data", afirmou o professor do Rio de Janeiro.

O erro na conclusão de Boulware é tão evidente que outros cientistas fizeram praticamente a mesma análise.

Um grupo liderado por David Wiseman, cientista de Dallas, juntamente com outros quatro cientistas dos EUA, incluindo alguns do centro de excelência médica Henry Ford, produziu uma segunda revisão sobre o mesmo estudo da NEJM. Eles chegaram em números semelhantes ao Watanabe.

Em uma terceira revisão, Juan Luco, professor da Universidad Nacional de San Luis, na Argentina, também analisou os dados brutos e chegou em números estatisticamente significantes. "Nesse caso, mostra que a conclusão publicada do grupo, de que o HCQ não previne os sintomas infecciosos do tipo COVID, era fundamentalmente falha e deveria ser reconsiderada", afirmou no estudo.

Eu perguntei a Juan se ele enviou sua revisão ao NEJM. "Não enviei nada para o NEJM. É impossível esperar honestidade e veracidade científica deles sobre a hidroxicloroquina", respondeu.

Em uma quarta revisão, mais seis cientistas liderados por Alexander Chuan Yang, da escola de medicina de Wayne State University, chegaram às mesmas conclusões: "No entanto, a nossa re-análise dos dados sugere que uso de HCQ para o Covid-19 é sensível ao tempo", afirmaram.

Em uma quinta revisão, o matemático Phill Birnbaum, da Sabermetric Research, postou em seu blog a interpretação falha do estudo. "Em outras palavras: eles pararam o estudo exatamente quando os resultados estavam começando a aparecer".

Ou seja, nós temos diversos cientistas importantes que olharam os dados, analisaram, escreveram, colocaram seus nomes e suas reputações em jogo e concluíram que o estudo de Boulware mostra resultados errados.

O estudo de Boulware, como está, é positivo dentro da margem de erro. E com a análise correta, ele torna-se positivo fora da margem de erro. Mas todas as revisões foram ignoradas.

E o que se sabe até o momento é que ninguém foi capaz de explicar, pela matemática, que essas revisões estão erradas.

Em outras palavras: isso é a comprovação científica do funcionamento da hidroxicloroquina em um estudo "padrão ouro".

E outra coisa que se sabe é que não faria sentido todos esses cientistas dessas revisões estarem em uma grande conspiração global corrupta para promoção da hidroxicloroquina. Afinal, é um medicamento genérico, barato, sem patentes e fabricado por centenas de laboratórios em todo mundo.

A pergunta que fica sobre este caso é: por que a NEJM ignorou todas essas revisões que alteram o resultado?

E há uma segunda pergunta: por que a mídia tradicional não está noticiando sobre este assunto e cobrando uma resposta da NEJM?


Antes de continuarmos, uma breve explicação sobre significância estatística

As pessoas que vivem em democracias têm um entendimento fácil sobre o que é significância estatística ao ouvir notícias sobre pesquisas eleitorais.

"O candidato José está liderando com 46% das intenções de voto. Em segundo lugar está o candidato João com 40%. Eles estão empatados dentro da margem de erro que é de 3%. Foram entrevistados 1200 eleitores.", diz a notícia.

Significância estatística é a margem de erro. Ou seja, mesmo com José liderando, existe a possibilidade, pequena, de eles estarem empatados com 43% cada um e o resultado ter sido ao acaso.

Mas se a pesquisa tivesse sido com feita 2 ou 3 mil eleitores, em vez de 1200, a margem de erro seria menor, de 1% ou 2%. Neste caso, o candidato João estaria, realmente, liderando, e assim seria noticiado. A chance de ser um resultado ao acaso seria muito menor.

Agora acompanhe comigo. No mesmo dia sai outra pesquisa eleitoral com resultado semelhante. José está com 46% e João com 40%. Também com a margem de erro de 3% e 1200 eleitores entrevistados.

A partir desse momento, José realmente está liderando. As duas pesquisas o colocaram na frente. Não é mais por acaso, porque a margem de erro reduziu em uma estatística combinada. 

Ou seja, nós temos duas pesquisas "dentro da margem de erro", mas quando combinadas, a margem de erro reduziu. José não está mais liderando "ao acaso".

Na pesquisa médica o princípio é o mesmo. Marcio Watanabe fez alguns cálculos de exemplo. Um dos medicamentos "comprovados cientificamente" foi a Dexametasona. Reduziu em 30% as mortes. A Dexametasona funciona apenas para pacientes graves, entubados ou em suporte de oxigênio.

estudo teve mais de 2 mil pacientes. Se ele tivesse sido feito com o número de pacientes semelhantes ao do estudo da Universidade de Minnesota com a hidroxicloroquina, com 821 pacientes, a Dexametasona não seria "comprovada cientificamente". E qualquer médico que falasse desse medicamento seria, claro, um charlatão.


Todos os estudos "padrão ouro" da hidroxicloroquina, em profilaxia pré exposição, pós exposição e tratamento precoce, trazem resultados positivos para os pacientes. É a comprovação científica no mais alto nível de evidência científica

"Está cada dia mais difícil para eles dizerem que a hidroxicloroquina não funciona", me disse Flavio Abdenur. Havia acabado de sair mais um estudo "padrão ouro" quando ele me mandou esta mensagem.

Flavio é matemático. Tem doutorado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), foi professor universitário e hoje trabalha com análise estatística de dados no setor privado. Ele faz parte de um grupo de brasileiros virtuosos do qual Watanabe faz parte. Neste grupo estão médicos, biólogos, virologistas, economistas, matemáticos e estatísticos.

Eles resolveram estudar com profundidade as opções de tratamento. Flavio demonstrou interesse em estudar o assunto por preocupação. "Meus pais são do grupo de risco", disse.

Flávio montou esse gráfico e publicou em seu facebook. Sendo transparente, ele também disponibilizou o arquivo com todos os dados para quem possui interesse em se aprofundar.

Na parte de cima, os estudos que dão resultados positivos para os pacientes. Na parte inferior, os que dão resultados negativos. Nenhum dá resultado negativo. Todos dão resultados positivos. 

Sim, isso mesmo. Em todos os estudos "padrão ouro", os pacientes que receberam hidroxicloroquina tiveram resultado superior comparado ao grupo placebo.

Mas todos, isolados, pelas estatísticas, dão "empate dentro da margem de erro", por serem poucos pacientes. Mesmo com alguns benefícios sendo de valores altos, como os 37% na redução de necessidades de hospitalizações do estudo de Skipper. Ou como os 30% de redução de mortes no estudo de Mitja. Isso porque todos estes randomizados são bastante pequenos. Seus grupos têm no máximo umas poucas centenas de pacientes cada. No jargão da área, são estudos estatisticamente “underpowered”.

E quando combinados, saem desta margem. Ou seja, a hidroxicloroquina é a moeda que quando jogada para cima cai sempre do mesmo lado. Sempre. Não existe mais a possibilidade dos resultados serem "ao acaso".

"Lembrando que esses estudos randomizados usaram apenas HCQ. Uma longa e crescente série de estudos observacionais indica que, em combinação com outros remédios, o efeito é mais forte, desde que usados logo no início dos sintomas", afirmou Flavio.

Mais uma analogia para que todos entendam: foi organizada uma corrida com dois carros. O carro hidroxicloroquina e o carro placebo. O vencedor só é declarado depois que o carro que lidera completar 50 km.

A corrida teve cinco largadas. Mas o juiz interrompeu todas as cinco depois de 10km percorridos. Mas em todas elas, quando houve a interrupção, o carro hidroxicloroquina liderava.

Quando você soma as cinco corridas, o carro hidroxicloroquina completou os 50 km na liderança.


A terra não é plana

É simples. Para alguém olhar o gráfico do Flavio e achar uma explicação com o objetivo de afirmar que a hidroxicloroquina não funciona, é necessário ser tão criativo quanto as pessoas que olham para a foto do nosso planeta e acham um modo de continuar dizendo que a terra é plana.


Professor Harvey Risch, de Yale, fez uma meta-análise com o mesmo princípio

A junção de estudos para uma análise geral chama-se meta-análise. É o mais alto nível de evidência científica. O premiado professor Harvey Risch, de Yale, uma das mais importantes universidades do mundo, em conjunto com mais outros dois professores renomados, produziu um estudo com o mesmo princípio. Esses cientistas foram mais longe que Flávio e fizeram todas as contas, não apenas uma explicação gráfica.

É também apenas baseado em estudos "padrão-ouro". Objetivo? Eliminar o último argumento dos que negam o funcionamento da medicação.

A listas de todos os estudos estão na esquerda, indicando benefícios para os que tomaram a medicação. Quando combinados, a margem de erro desaparece.

E uma curiosidade: esta meta-análise do professor Harvey Risch viralizou nas redes sociais do Brasil. Isso foi o gatilho para "agências checadoras de fatos" brasileiras exporem todo seu arsenal de infinita estupidez e demonstrarem que se atrevem a contestar do que não entendem.

A Agência Lupa escreveu: "Nenhum estudo duplo-cego e randomizado comprovou, até o momento, a eficácia do medicamento como profilaxia ou tratamento em estágios iniciais da doença. Pelo contrário: estudo publicado na Annals of Internal Medicine, e citado na tal meta-análise, demonstrou que o remédio é ineficaz para tratamento de pessoas não hospitalizadas".

Outra agência, chamada "Aos fatos", mostrou a mesma ignorância ao falar dos estudos usados na meta-análise. "Todos os cinco possuem conclusões que vão contra a eficácia da cloroquina", disseram.

Sim, é verdade. Nenhum estudo sozinho demonstra eficácia além da margem de erro, mas quando combinados, a quantidade de pacientes aumenta e os estudos passam a demonstrar eficácia.

A nota dessa agência ainda deu link para um texto de opinião de Carlos Orsi, um escritor de ficção científica. E pelos milagres que a era da internet gera, esse escritor se sente qualificado o suficiente para dizer que a meta-análise está errada. No texto, Orsi chamava cientistas e médicos de charlatões.

"É um texto patético que mostra que o autor não tem ideia do que é um p-valor ou uma meta análise", afirmou Daniel Tausk, professor de matemática da USP, uma das mais prestigiadas universidades da América Latina.

 "Parece que é um pessoal que está acostumado a uns debates meio triviais contra umas pseudociências bizarras e acabaram extrapolando a atitude agressiva para coisas complicadas, fora do escopo do que eles conseguem avaliar", complementou.


Professor de Harvard fez uma meta-análise semelhante, apenas sobre profilaxia

Miguel Hernan, professor de Harvard, junto com outros três cientistas espanhóis, produziu, no mesmo princípio de junção dos estudos de Harvey Risch e Flavio Abdenur, outra meta-análise. Esta sobre os randomizados de HCQ como profilaxia. Encontrou também um resultado positivo e estatisticamente significante para os efeitos clínicos.

Este estudo, como não viralizou, não se tornou alvo dos "checadores de fatos".


Uma terceira meta-análise, usando o mesmo princípio, chega nas mesmas conclusões

Um grupo de cientistas que preferiram produzir em anonimato, devido aos diversos números de demissões, ataques a reputações e possíveis futuros cortes de orçamento, produziu uma meta-análise em que um dos pontos foca apenas em trabalhos randomizados, duplo cegos e controlados por placebo. 

Incluindo apenas os estudos "padrão ouro" em profilaxia e tratamento precoce, a chance de ser "obra do acaso" é apenas uma em 100, concluíram.

Para comparação, o "cientificamente comprovado" padrão da medicina é se a possibilidade de ser ao acaso for de uma em vinte. Essa barreira foi quebrada diversas vezes.

No gráfico, o mesmo conceito: todos os estudos mostram resultados positivos. Nenhum mostra resultado negativo.

Nenhuma dessas meta-análises é revisada por pares ou publicada em alguma revista de "fator de impacto". Ao que parece, ninguém quer publicar. É assunto incendiário. Mas a partir do momento que você tem quatro grupos distintos fazendo a mesma estatística, praticamente com o mesmo método, e chegando no mesmo resultado, um estudo representa a revisão do outro. 

Não apareceu ninguém, e nem aparecerá, explicando que esses cálculos estão errados. É matemática e estatística. Não dá para gritar contra números. 

Portanto, qualquer pessoa que negue essas meta-análises é um negacionista da ciência.


Repentinamente, cientistas que não davam atenção para a significância estatística dos estudos, passaram a falar sobre isso, mas sobre as máscaras

Recentemente foi publicado um estudo sobre o efeito das máscaras para evitar o contágio do coronavírus. É de cientistas da Dinamarca. É um estudo randomizado. Foram designadas 3.030 pessoas para que elas usassem as máscaras, outras 2.994 pessoas foram o grupo controle.

O resultado do estudo é estatisticamente inconclusivo: por si só, ele não basta para mostrar que o uso das máscaras traz benefício significativo para evitar o contágio. Entre os que usaram, 1.8% foi infectado. Entre os que não usaram, 2.1% foi infectado, mas a probabilidade do resultado ser ao acaso é grande.

Eric Topol é médico, cientista e editor chefe do site Medscape, um dos mais importantes websites de medicina no mundo. Ele sempre se colocou contra a hidroxicloroquina. Diversas vezes

Com o estudo das máscaras não apontando, cientificamente, os benefícios, ele deveria se colocar contra o uso delas pela população, como fez com os estudos randomizados da hidroxicloroquina.

Repentinamente, Topol analisou que um estudo com poucos pacientes não trazem resultados positivos, mas ao que parece, ele só é capaz de fazer essa análise sobre máscaras. "Underpowered", disse.

E o sensato, com esses resultados, não é iniciar uma guerra para proibir o uso de máscaras pela população, mas aguardar mais estudos com mais pacientes. Provavelmente deve possuir resultado positivo. Cerca de 15 a 20% na redução de contágios.


Cientistas já descobriram o que fazer para a hidroxicloroquina funcionar também em pacientes graves

Boa parte da confusão midiática é que a imensa parte dos estudos feitos com a hidroxicloroquina, com ou sem a combinação com a azitromicina, ocorreu em pacientes graves, internados, muitos na UTI, contrariando a idéia inicial, de Didier Raoult, da aplicação dos medicamentos no início dos sintomas.

Em pacientes graves, hoje, no dia que escrevo este artigo, 2 de dezembro, existem 98 estudos. Apenas 73,5% deles dão resultados positivos.

Além disso, nestes pacientes já com a doença avançada, internados, o efeito sobre a mortalidade é modesto, de cerca de 20%. Por isso há contradição nesses estudos. Alguns relatam efeitos positivos e outros relatam efeitos negativos.

Como contraste, em pacientes no início dos sintomas, temos 23 estudos. E todos relatam resultados positivos para os pacientes. É unanimidade.

Entretanto, em dois estudos com pacientes graves, os cientistas incluíram novos medicamentos, também genéricos e baratos, que potencializaram o efeito da hidroxicloroquina. Nestes estudos os resultados foram espetaculares. E por coincidência, claro, esses resultados não se tornaram notícias nas mídias mainstream, em Youtubers de ciência ou em sites de notícias de ciência.

O primeiro veio da Espanha, da Universidade de Cordoba, produzido pela equipe liderada pela cientista Marta CastilloÉ um ensaio randomizado, mas em vez de ser placebo, metade recebeu hidroxicloroquina e azitromicina, e a outra metade recebeu hidroxicloroquina, azitromicina e calcifediol, que é uma vitamina D de absorção mais rápida pelo corpo.

Os que receberam o cocktail com calcifediol, 2% precisou ir para a UTI. Dos que não receberam o cocktail completo, 50% foi para a UTI. Uma diferença impressionante. Gerou uma redução de 89,5% do número de mortes em pacientes com a doença avançada.

segundo estudo com resultados bons em pacientes graves veio do Irã. Foi produzido pela equipe liderada por Khalil Ansarin, da Universidade de Tabriz, uma das mais antigas do país. Em 39 pacientes internados, hidroxicloroquina e bromexina, outro medicamento barato e genérico. Em outros 39 pacientes, para comparação, apenas hidroxicloroquina.

Dos 39 que receberam o cocktail completo, apenas um foi intubado e ninguém morreu. Dos 39 que receberam apenas HCQ, nove foram intubados e cinco morreram. Uma descoberta muito animadora da ciência iraniana. Na China repetiram o experimento com resultados semelhantes.

No caso do estudo iraniano, especialistas levantam dúvidas sobre o papel da hidroxicloroquina. A dose foi bastante baixa, de 200mg por dia, a metade da usada no protocolo do Dr Zelenko.

Dois randomizados com significância estatística nos próprios estudos, mas nas editorias de ciência dos grandes jornais, e do Medscape de Topol, um silêncio ensurdecedor permanece.


Em todo país que a hidroxicloroquina é usada em larga escala, morre menos gente, mas o medicamento não funciona

É mais básica das aulas de ciência. Quando você repete o experimento e gera o mesmo resultado você tem a comprovação científica.

Este é um dos mais interessantes estudos já feitos. É pelo mesmo grupo de cientistas que preferem o anonimato por medo de represálias.

É um cruzamento de dados de notícias de países que fazem uso da medicação com a quantidade de mortes. A hidroxicloroquina é política de estado em muitos países, com os respectivos cientistas e autoridades recomendando.

"O grupo de tratamento tem uma taxa de mortalidade 69,9% menor", concluíram os cientistas na última revisão, em 14 de novembro. É uma pesquisa para manter nos favoritos. Sempre é atualizada com os dados novos.

A Newsguard, agência de checagem de fatos dos EUA, também composta por incompetentes, tentou desqualificar o estudo usando a ausência do Brasil como exemplo. Foi prontamente rabatida por mim. No Brasil o uso do medicamento é baixo. Informação inclusive confirmada por uma pesquisa recente, publicada na Folha de S. Paulo, o jornal mais importante do Brasil.

Existem duas conclusões possíveis, sem mais opções: a primeira é que o medicamento funciona. A segunda é que vírus lê placas de sinalização e respeita fronteiras, o que parece ser menos provável.


Uma análise estatística nos EUA: estados onde as leis permitem o povo ter acesso ao medicamento, morrem menos pessoas

Hal M. Switkay, PHD em matemática, fez ciência pura. Inspirado no estudo de uso por países, ele fez um cruzamento de mortes versus as leis de cada estado em relação a hidroxicloroquina. Alguns estados geram dificuldades para que os médicos prescrevam, outros não.

Todas as leis estão com link no site do America's Frontline Doctors.

Switkay fez o cálculo em 16 de agosto. É um retrato dos dados e leis daquele dia. "Cada nível adicional de restrição de HCQ acrescenta cerca de 37%, em média, à mortalidade por coronavírus", afirmou.

A diferença de mortalidade entre os estados verdes, onde a prescrição é mais livre, comparadas com os estados em vermelho, onde é mais difícil, era de 72% naquele dia.

Cruzando leis que deixam o médico prescrever com a mortalidade, quem precisa de um estudo randomizado, duplo cego e publicado em uma grande revista de “impacto” para concluir que funciona? A COVID-19 não é uma doença rara. É uma doença de milhões de pessoas.

Você não encontrará essa análise em nenhuma revista científica. Nem no seu escritor favorito de ciência nem no seu Youtuber favorito que fala de ciência.

Como faz para escrever sobre esses cálculos e terminar o texto dizendo que não há evidências científicas? Não dá. É necessário possuir um criatividade de Julio Verne. É algo raro.


Nos EUA, quanto mais raiva o eleitor tem do Trump, maior a chance dele morrer de COVID-19

É do Marrocos a obra prima dos estudos científicos dessa pandemia. Entre todos, esse é o hors-concours. Acredito ser um dos melhores candidatos ao prêmio IgNobel. 

Contudo, ele também é uma prova do funcionamento da hidroxicloroquina.

Acontece que a pandemia ocorre no mundo todo e os dados estão à disposição de cientistas de todos os continentes. Cada um pensa na abordagem que acha melhor. Alguns partiram para estudos inusitados. Foi o caso dos professores Elbazidi e Erraih, de uma universidade também com nome inusitado: Universidade Tofail. Sim, é verdade, o nome é esse mesmo, está aqui o link.

Olhando para os EUA, o mundo todo ficou espantado quando descobriu que um homem, logo após o anúncio de Trump, ao ir atrás de cloroquina, entrou em uma pet shop, comprou um produto de limpar aquário que continha cloroquina na fórmula, tomou e morreu. Isso levou até a FDA a pedir para as pet shops pararem de vender o produto.

Na sequência, a população global ficou admirada de ver Trump sugerir desinfetante para combater o coronavírus e viu mais de 100 pessoas intoxicadas.

Diante disso, o planeta concluiu que metade da população dos EUA, os eleitores do partido Republicano, são estúpidos.

Isso se manteve até Elbazidi e Erraih, essas duas lendas da ciência, cruzarem os dados de popularidade de Trump e mortalidade em cada estado dos EUA.

Os eleitores do Partido Democrata associaram o tratamento com hidroxicloroquina a Trump, não a Didier Raoult.

Resultado? Nos estados onde a popularidade de Trump é mais alta, maior a chance dos pacientes tomarem a medicação e se curarem, e nos estados onde a popularidade de Trump é baixa, menor a possibilidade dos pacientes serem medicados. "A lucidez é cada vez mais um esporte de elite que poucas pessoas praticam", concluíram os professores.

"A aceitação do tratamento à base de HCQ está fortemente ligada à aprovação de Trump", escreveram. "Descoberta surpreendente: existe uma forte correlação entre o grau de aprovação de D. Trump e a taxa de mortalidade. Especificamente: nos EUA, quanto mais você aprova Trump, menos provável que você morra de Covid19".

Ou seja, os marroquinos igualaram os dois lados. Eles provaram cientificamente que os eleitores de Biden chegam ao ponto de morrerem de raiva do homem laranja. Literalmente.

Está empatado. A hidroxicloroquina funciona e você não vai ver esse estudo nos principais meios de comunicação.


Não é ciência, é política, estúpido!

Da série de estudos que você não verá na na grande mídia, esse é um dos mais interessantes. Também é jornalismo investigativo de alta qualidade. Ele prova, definitivamente, que a ciência quando é politizada deixa de ser ciência e passa a ser um lixo científico.

O artigo científico é de Andrew Berry, do Larkin Community Hospital, em Miami, EUA, e mais quatro cientistas. Hoje já existem mais de 150 estudos sobre este medicamento, já é possível levantar estatísticas.

Eles decidiram cruzar os resultados de cada estudo sobre a hidroxicloroquina com as doações dos cientistas a partidos políticos.

A primeira conclusão é que estudos norteamericanos sobre este medicamento têm mais probabilidade de darem resultados negativos. 57,4% nos EUA contra 33,2% no resto do mundo.

A outra descoberta é que se os autores dos estudos doaram para o Partido Democrata, a oposição a Donald Trump, que promovia o medicamento, a probabilidade deles produzirem um estudo negativo para a hidroxicloroquina é aumentada em 20,4%.

Entre os artigos de revisão editorial nos EUA sobre a HCQ, 50% eram negativos, 45,5% neutros e apenas 4,5% positivos.

Entretanto, quando os autores possuem histórico de doação ao Partido Democrata, 85,7% se posicionaram contra a hidroxicloroquina.

Essa é a ciência que se eu questionar, algum idiota tenta me classificar como “negacionista”?

"Infelizmente, o clima político que persiste tornou impossível qualquer discussão objetiva sobre esta droga", disse um editorial do Henry Ford Health Systems, dos EUA, que estava produzindo estudos com resultados positivos para a hidroxicloroquina.

Pouco antes das eleições nos EUA, o New England Journal of Medicine, que ainda não respondeu a Watanabe, Luco, Wiseman, Yang e Birnbaun publicou um editorial. "Morrendo em um vácuo de liderança".

O texto que chama os outros de "charlatões" e pede consequências legais para os responsáveis pela tragédia foi assinado pelos 32 editores da revista. Posiciona-se contra Trump, que promovia o medicamento.

Segundo levantamento, 14 dos 32 editores já fizeram doações políticas para o Partido Democrata, a oposição a Trump. Nenhum fez doações ao Partido Republicano.


A ciência mostra uma grande coincidência: quanto mais dinheiro você recebeu da Gilead, mais fortes são suas opiniões contra a hidroxicloroquina

Boa parte das pessoas já sabe sabe que Didier Raoult é um dos maiores especialistas em doenças infecciosas do planeta.

O que ninguém sabia até o momento é que Raoult também é um excelente jornalista investigativo. Talvez um dos melhores da Europa.

Ele produziu, junto com outro cientista, Y. Russel, um dos maiores furos jornalísticos sobre a pandemia. Mas mesmo assim, isso não se tornou notícia na grande mídia.

Fez em formato de artigo científico e foi publicado em uma revista científica. Os dois verificaram as opiniões públicas dos especialistas do órgão francês CMIT — Conselho de Professores em Doenças Infecciosas e Tropicais, sobre o tratamento da COVID com hidroxicloroquina.

Fizeram um levantamento e descobriram que apenas 13 de 98 membros do CMIT não receberam qualquer benefício, remuneração ou convênio da Gilead Sciences, a fabricante do Remdesivir, nos últimos anos.

Uma surpresa. Quanto mais dinheiro os especialistas ganharam da Gilead, mais desfavoráveis foram suas opiniões sobre a hidroxicloroquina. Os nove especialistas com opiniões "muito desfavoráveis" ganharam uma média de 26.950 euros da Gilead.

No levantamento, apenas oito desses 98 especialistas foram muito favoráveis ao tratamento com a hidroxicloroquina. A média de valor recebido por eles da indústria farmacêutica foi de 52 euros. Alguns desses "muito favoráveis" não receberam nada.

Além de tudo, Didier se diverte escrevendo. Ele citou a famosa frase do economista Milton Friedman: "Não existe almoço grátis".

A minha conclusão é que se tem alguém por aí com opiniões extremamente desfavoráveis sobre hidroxicloroquina sem estar com os bolsos cheios, trata-se de um idiota.


Studies from black people don't matter 

Estudos de pretos não importam

A discussão sobre a hidroxicloroquina é interessante. Há toda uma explicação sobre significância estatística, meta-análises, diferenças entre estudos observacionais e estudos "padrão ouro".

No meio deste tempo, surge um outro medicamento, também barato e genérico: a ivermectina. E logo no primeiro estudo foi feito um randomizado. Não é o "padrão ouro" 18 quilates. Mas é ouro. E já tiveram resultados com significância estatística no próprio estudo.

É sobre a ivermectina. Feito por Waheed Shouman, da Universidade de Zagazig, no Egito. Estava sendo estudada a profilaxia pós exposição.

A partir do momento em que as pessoas eram identificadas com COVID positivo, eles poderiam transmitir para suas famílias, em suas casas. Para os integrantes dessas famílias deram o medicamento. No outro braço, não houve intervenção. A redução de casos nas pessoas que tomaram ivermectina foi de 91%. Um número impressionante. 

segundo estudo também foi um RCT. Foram 183 no grupo tratamento e 180 pacientes controle. Feito por Reaz Mahmud, da faculdade Dhaka, em Bangladesh. Houve uma redução de 85% nas mortes. A progressão da doença caiu 55%. Era uma terapia dupla, com ivermectina e doxiciclina.

terceiro estudo veio do Iraque. Liderado pelo cientista Hashim A. Hashim, do Alkarkh Hospital, em Bagdá. Também foi randomizado e controlado. Neste caso também com doxiciclina. Foram 70 pacientes em cada grupo. As mortes reduziram 66% em pacientes que iniciaram o tratamento quando a situação já era crítica. Para os que iniciaram um pouco antes, 90% de redução nas mortes.

Um quarto estudo veio do Irã, realizado pela equipe do cientista Morteza Shakhsi Niaee. "Padrão ouro" completo. Ensaio randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de ivermectina em pacientes hospitalizados. Mortalidade de 18,3% no grupo placebo e 3,3% no grupo tratamento.

Um sucesso absoluto. Um monte de "padrão ouro", gerando comprovações científicas do mais alto nível de evidência. Era para estar na capa de todos os jornais do mundo. Mas caíram todos na espiral do silêncio. Você não verá notícias sobre nem nos sites de ciência.

Pelo histórico que aprendi desde março, eu sei o que pode acontecer se as informações sobre ivermectina começarem a viralizar nas redes sociais dos EUA e Europa: vão fazer algum estudo dizendo que é "mais padrão ouro" que os outros, darão uma dose para cavalo e apenas na hora da extrema unção.

E isso vai sair publicado em alguma "revista de impacto", além virar notícias em todos os jornais: "não funciona", será a manchete.

E os que questionarem serão taxados de "negacionistas da ciência".


Com hidroxicloroquina provavelmente não precisamos da vacina para erradicar a COVID-19

A profilaxia com hidroxicloroquina apresenta números excelentes. Em estudo feito na ÍndiaMahesh Kumar Goenka e sua equipe do Apollo Gleneagles Hospitals, uma conceituado centro médico da Ásia, mostrou que a possibilidade do uso massivo do medicamento pode reduzir a velocidade da pandemia, além de evitar mortes.

Entre os 885 profissionais da saúde que não receberam hidroxicloroquina, 12,29% foram contaminados. Entre os que receberam a dose definida como certa, 400mg por semana, por pelo menos seis semanas, apenas 1.30% foi infectado. O potencial da redução de transmissão do vírus é imenso.

Outro, também da Índia, também com profissionais da saúde, chegou aos mesmos resultados. É de Sheila Samanta Mathai e outros cientistas do hospital da Marinha da Índia. Encontraram 88.5% de redução de casos sintomáticos usando o medicamento em profilaxia pré-exposição. O estudo retrospectivo envolvia 604 pessoas.

Entre os estudos positivos, há um que foi "esquecido" pela comunidade científica. Saiu publicado em revista de "fator de impacto", de grife, revisado por pares, com tudo que há de direito, mas que caiu no esquecimento. Também fala sobre a profilaxia.

Foi feito na China e saiu na Lancet. É do professor Jixin Zhong e sua equipe. A pesquisa ocorreu na província de Hubei, em pacientes com doença reumática. Esses pacientes tomam este medicamento no dia-a-dia. Constataram uma redução de 91% de casos.

Com tantos resultados positivos de profilaxia e de tratamento, o Professor Christian Perrone, da França, concluiu, em um entrevista para Jean-Pierre Kiekens, que com tratamento adequado "você pode parar, facilmente, uma pandemia".

Assista aqui.


Wikileaks revela: Anthony Fauci se emocionou ao ouvir discurso de Hillary Clinton

Em 2012, quatro anos antes da eleição de Donald Trump, que promoveu por algum tempo a hidroxicloroquina, Anthony Fauci afirmou que se emocionou ao ouvir um discurso de Hillary Clinton, uma das figuras proeminentes do Partido Democrata, oposição a Trump.

"Muito raramente um discurso me leva às lágrimas, mas este o fez", afirmou Fauci em um e-mail que vazou. "Por favor, diga à secretária que eu a amo mais do que nunca", complementou.

O discurso era sobre “Saude Global”. Deve ter sido muito bom. Eu costumava imaginar que nada poderia superar Toy Story 3.


Uma pergunta de 21 bilhões ou de quase 1 trilhão de dólares

Além dos estudos "padrão ouro" interrompidos que mostrei no início do artigo, havia um que reproduzia exatamente o protocolo de Didier Raoult, de hidroxicloroquina e azitromicina em tratamento precoce.

Foi anunciado no meio de maio. Dois meses depois que Raoult havia divulgado seu protocolo e seus resultados, como se ninguém tivesse pressa. "Antes tarde do que nunca. Anthony Fauci recupera a consciência", provocou Raoult na data do anúncio.

Este ensaio clínico foi não foi cancelado quando a fraude da Lancet estava em vigor, como os outros, mas algumas semanas depois. Era do NIAID — National Institutes of Health, órgão governamental dos EUA.

O Dr Anthony Fauci é diretor dessa instituição.

A alegação para o cancelamento? Poucos inscritos. O planejamento inicial esperava ter 2000 pacientes. Apenas 20 se voluntariaram. Um contraste grande com os voluntários para as vacinas que chegam a ter dezenas de milhares de inscritos.

Com 2000 pacientes, não sendo um estudo subdimensionado, e com o efeito mais forte sobre a doença quando é dupla terapia, não haveria dúvida sobre os resultados. Seria estatisticamente significativo.

A pergunta mais inquietante desta pandemia é: por que ninguém fez um estudo "padrão ouro" com hidroxicloroquina e azitromicina em tratamento precoce e em pacientes de risco?

Sim, isso mesmo. Em nenhum lugar do mundo alguém fez um estudo "padrão ouro", nos pacientes de risco, ou seja, acima de 60 anos, com o protocolo de Raoult, onde ele consegue 0.6% de mortalidade.

Talvez quem nos dê a resposta para esta pergunta seja James Todaro, médico norteamericano. Ele escreveu um artigo com o seguinte título: "Gilead: Vinte e um bilhões de razões para desacreditar a hidroxicloroquina". 

Todaro também escreveu sobre os ganhos e perdas nas bolsas de valores e contou algumas coincidências: na França, a hidroxicloroquina era vendida nas farmácias, sem receita médica, por anos. No começo de 2020, ela tornou-se "venenosa" pela classificação governamental, criando uma barreira para sua compra.

"Por que a hidroxicloroquina — uma droga usada com segurança por mais de meio século — foi agressivamente rotulada como perigosa, enquanto um medicamento que se mostrou ineficaz para a hepatite C com um perfil de segurança desconhecido foi aprovado?", pergunta Todaro, depois de avaliar subidas e descidas das ações da Gilead em cada momento da pandemia. 

"Talvez nenhuma outra empresa tenha mais a ganhar no futuro imediato com o fracasso da hidroxicloroquina do que a Gilead", afirmou. James também demonstrou como a empresa financia a OMS, inclusive, contribuindo com o dobro do valor do que países como a Espanha e doze vezes mais que o Brasil.

Além disso tudo, explicou o poder de lobby das indústrias farmacêuticas em relação ao governo dos EUA. Este ramo de negócios gasta com lobby oficial mais que o dobro que a indústria do petróleo, que é uma das maiores motivadoras de conflitos bélicos com países produtores para implantação de democracias nesses países.

Outra pessoa que fornece pistas sobre a interrupção dos estudos é a Dra Lee Merritt. Ela fez algumas considerações interessantes sobre a história da medicina em seu artigo.

Merritt começa falando de um dogma existente: "Desde que comecei a faculdade de medicina em 1976, até 2020, ouvi o dogma de que doenças virais não são tratáveis ​​(com algumas exceções, como antivirais para HIV / AIDS)".

Ela comenta sobre o banimento da hidroxicloroquina em muitos estados dos EUA e fez uma comparação. "Que eu saiba, nem os governadores nem os conselhos de farmácia jamais baniram qualquer droga legal — nem mesmo opioides como o Oxycontin, que causam cerca de 30.000 mortes por ano".

A médica fez uma pergunta que coincide com o pensamento do professor Perrone. "A crescente indústria de vacinas de quase um trilhão de dólares foi construída à custa da vida dos pacientes?".

"Na era dos enormes lucros com vacinas, ela se tornou a primeira escolha para todas as doenças", observou.

Noticia recente na Reuters informa que a Pfizer está fazendo um pedido de autorização de uso de emergência para as autoridades dos EUA. A notícia sugere que outra vacina, da Moderna, também fará em breve.

Já o site da FDA, governamental, nos informa a lei. As autorizações de emergência acontecem quando não há alternativas.


O único argumento que resta para quem deseja continuar afirmando que não há evidências científicas do funcionamento da hidroxicloroquina 

Neste artigo, eu já mostrei que temos casos anedóticos, estudos observacionais, estudos randomizados, duplo cego, controlados por placebo não corrigidos, meta-análises, estudos estatísticos por países, por ideologia, por estados dos EUA. Todos mostrando resultados positivos para a hidroxicloroquina.

Não há mais argumentos racionais para dizer que não funciona. Nem existem mais modos de comprovar.

Entretanto, como eu disse no início do texto, há sim, um argumento para quem deseja continuar dizendo que não há "evidências científicas": é dizer que não foi publicado nenhum estudo RCT positivo nas revistas médicas de prestígio.

Na verdade, essas revistas tem publicado exatamente o contrário. Agora, no início de novembro, a JAMA, um dos mais conceituados jornais de medicina, publicou um editorial. "Uso indevido de hidroxicloroquina para COVID-19". 

Logo depois do fim do texto, uma informação importante sobre o autor: "Dr. Saag relatou subsídios pagos à sua instituição pela ViiV Healthcare e Gilead Sciences". Ao ler isso, eu ri. E afirmo que os argumentos do Dr Saag não foram capazes de mudar minha opção de tomar esses medicamentos caso contraia o vírus.

E não é só a Jama, A New England Jornal of Medicine tem postado conteúdo semelhante. A Lancet também.

Mas ao mesmo tempo, os editores das revistas já me disseram para não confiar nas revistas científicas de grife.

Em artigo de 2005, Richard Smith, cientista que foi editor da BMJ por 25 anos, explicou que “as revistas médicas são uma extensão do braço de marketing das empresas farmacêuticas”. 

Richard comentava uma frase de Richard Horton, editor chefe da Lancet, que em março de 2004, disse: “Os periódicos evoluíram para operações de lavagem de informações para a indústria farmacêutica”.

Ele também comentou sobre Marcia Angell, ex-editora do New England Journal of Medicine, que criticou a indústria farmacêutica por se tornar “basicamente uma máquina de marketing” e cooptar “todas as instituições que pudessem se interpor em seu caminho”.

Smith deu ainda mais exemplos. Falou de Jerry Kassirer, outro ex-editor do New England Journal of Medicine, que argumentou que a indústria "desviou a bússola moral de muitos médicos".

Mas a questão é: a verdade científica é a publicada numa revista "de impacto" ou verdade científica é simplesmente, verdade científica?

Esse texto é longo porque eu precisava desmontar todos os argumentos, um por um, dos que falam que não há evidências. 

Entretanto, a verdade científica é realmente simples. Um exemplo é a lousa de Brian Procter. Ele é um médico nos EUA. Ele está tratando todo mundo que bate em sua porta com hidroxicloroquina, azitromicina e mais alguns medicamentos em seu protocolo, como vitaminas.

A lousa fica em seu consultório. Sempre que há atualização, ele posta uma nova foto em seu Twitter.

Em 14 de novembro são 754 pacientes tratados, 11 hospitalizados e apenas um morto. Isso mesmo. Apenas um morto. A simples lousa de Procter é, e sempre foi, a confirmação científica do funcionamento a hidroxicloroquina. Simples assim. E lembro que não existe revisão por pares capaz de fazer morto virar vivo ou vivo virar morto.

Assim eu tenho uma questão: em quem eu devo confiar para fazer minha escolha? Nos jornais médicos “de impacto” ou na lousa do Dr Brian Procter?

Algo me diz que eu devo acreditar na lousa de Procter em detrimento da Lancet, que posta dados da atriz pornô.

E as confirmações são simples mesmo. Em São Paulo, a Prevent Senior, um plano de saúde gigantesco, com 25% da população idosa da região como cliente, anunciou, logo no fim de março, que trataria todos os pacientes com o protocolo de Marselha.

Agora, em setembro, um dos médicos do plano de saúde deu uma entrevista para um canal quase desconhecido no Youtube. Ele informou que a partir do momento em que implantaram o protocolo, no começo de abril, reduziram de 350 pacientes simultâneos hospitalizados pelo COVID para apenas 60. Além disso, recentemente, o CEO da empresa disse que morreu menos gente este ano que em 2019, quando não havia pandemia, mesmo com o Brasil caminhando para 200 mil mortos.

Em quem devo confiar? Na entrevista do médico em um canal sem importância no Youtube ou na New England Journal of Medicine que também publicou um artigo com dados da atriz pornô?

Eu posso ficar horas e horas catalogando resultados práticos da confirmação científica, como a cidade de Porto Feliz, no estado de São Paulo, Brasil, que comparada com a minha, tem quase 80% menos mortos, com mais ou menos a mesma quantidade de infectados.

O prefeito de Porto Feliz, Dr Cássio, é um entusiasta do tratamento precoce. Ele implantou o tratamento na cidade toda. Na televisão e nos principais meios de comunicação ele foi acusado de ser um charlatão. Há pouco tempo tivemos eleições para prefeito. Chamaram o povo para opinar. Ele foi reeleito com 92,10% dos votos.

O economista Vladimir Vale gerou diversos gráficos em cima de dados oficiais.

Neste gráfico, todas as cidades com população entre 40 e 60 mil habitantes do estado de São Paulo. Todas possuem estrutura de saúde pública semelhantes. Na esquerda, a taxa de letalidade entre os confirmados por PCR positivo. Em amarelo, as cidades da mesma região. Em vermelho, Porto Feliz.

Ou posso falar da comprovação científica de Sertãozinho-SP, que viu sua UTI esvaziar depois que começou a aplicar os medicamentos. Ou da cidade de Janaúba, no interior de Minas Gerais, onde o prefeito disse que "conseguiu controlar o avanço da doença e interromper os óbitos", a possibilidade explicada pelo professor Perrone, da França.

Ou em Marselha, onde Didier Raoult mostrou um gráfico explicando que morreram menos idosos este ano que ano passado. 

Bem, se a pessoa quiser se agarrar nas "revistas de impacto", como se as verdade científica só existisse se estiver publicada nelas, por mim, tudo bem. 

Entretanto, isso é ser negacionista da ciência.


Neste momento ocorre o maior apagão jornalístico da história da humanidade

É muito mais fácil de entender do que qualquer um imagina. Todo jornal possui sua editoria de ciência. Os jornalistas dessa editoria são, na imensa maioria das vezes, jornalistas nerds, aficcionados por filmes como Star Wars e com pouca noção da realidade. Muito são cientistas frustrados que acreditam terem achado um local onde, finalmente, são valorizados.

Eles não escrevem sobre ciência. Eles são, na verdade, deslumbrados com a ciência. Os chefes de redação sempre os consideraram escritores de entretenimento. Seus textos normalmente são publicados nos dias que os jornais possuem poucos anúncios. Boa parte desses profissionais ainda não entendeu isso.

Hobbie favorito? Andar pela redação fazendo piada sobre outra seção que o editor chefe sempre considerou entretenimento: o horóscopo. "O jornal publica pseudociência", dizem, como pose de vitoriosos, como se alguém, além de adolescentes apaixonados, levasse a influência dos astros a sério.

Outra editoria da qual eles passam longe e tratam com desdém é a de esportes. "Que ridículo vinte dois homens correndo atrás de uma bola", dizem sorrindo. É assim mesmo. Eu conheço essa gente. Já trabalhei na redação de um grande jornal.

"Gás é encontrado na atmosfera de Vênus e planeta pode ter vida", diz a manchete da notícia da editoria de ciência. "Peixe brilhante com asas é encontrado a 4 mil metros de profundidade no oceano atlântico", diz outra.

Wall Street subiu ou desceu quando encontraram gás em Vênus? Quantos contratos bilionários com diversos países foram feitos por causa dessa novidade? Se algum outro cientista disser que não era gás, mas poeira, todos os contratos são ameaçados? Não. Não faz diferença relevante o gás de Vênus.

Assim como não faz diferença nenhuma se o peixe brilhante tem ou não tem asas. Ninguém se importa se alguém disser que asa do peixe foi revisada por pares. Assim como ninguém é ameaçado de morte por dizer que o peixe não possui asas, atrapalhando o mercado bilionário de peixes brilhantes.

De tempos em tempos, alguns assuntos são retirados da editoria de ciência e passam para a responsabilidade de jornalistas de verdade. É o caso do desmatamento da Amazônia no Brasil. Se estivesse sob a responsabilidade dos divulgadores científicos, eles estariam discutindo os megapixels das câmeras dos satélites e trajetórias de órbitas, maravilhados com vídeos dos lançamentos de foguetes.

Sob responsabilidade de jornalistas investigativos, essas coisas espaciais não importam. O que importa são os que ganham com o desmatamento: os garimpeiros, o agronegócio colocando fogo na floresta, além do governo fazendo vista grossa. Os índios sendo massacrados também importam.

Com conversas sobre "células", "tempestade de citocinas", testes "in vitro", "revisão por pares" e "publicação de impacto", conhecimentos básicos e quase desnecessários para produzir reportagens sobre este assunto, esse povo conseguiu convencer os editores que eles deveriam produzir notícias de uma indústria de um trilhão de dólares. Assim, pouquíssimos jornalistas investigativos estão cobrindo o assunto.

Com medo de serem chamados de astrólogos e negacionistas, esses divulgadores científicos não sabem questionar. Só reproduzem press releases e conteúdos de consensos fabricados.

A contra-prova do que digo é a ausência da cobertura sobre probabilidade maior de um especialista ser contra a hidroxicloroquina se ele recebeu valores e presentes da Gilead. É uma bomba. Procure essa manchete nos importantes jornais, você não vai achar. E nenhum jornalista sério do mundo é capaz de dizer que isso não é assunto de interesse público.

Entretanto, essa falha da imprensa tradicional em cobrir corretamente a hidroxicloroquina vai custar caro para a humanidade. Neste momento, entre as mídias que podem ser consideradas "médias", com penetração em seus países, apenas a France Soir da França e a Sky News da Austrália têm produzido reportagens investigativas sobre os fortes poderes que influenciam a ciência. Vez ou outra apenas, a Fox News, dos EUA, entrevista alguém que contesta o "consenso".

O restante produz uma deficiência investigativa absoluta. E isso tem ocorrido em um momento crucial, de vida ou morte, da imprensa tradicional. O assustador e excelente documentário "O dilema das redes", disponível na Netflix, mostra que os algoritmos das redes têm criado verdades personalizadas.

Neste contexto, a falta de uma cobertura honesta sobre o assunto no "porto seguro" dos grandes jornais nos levará a uma nova onda de extrema direita populista, tradicionalmente anti-ciência e anti-verdade, em todo o ocidente. 

Os negadores da realidade se sentirão empoderados. Tudo devido a uma eminente queda da credibilidade da "ciência", politizada e monetizada, junto com uma imprensa em sono profundo que desaprendeu a questionar.

Ao mesmo tempo, a esquerda ocidental simplesmente reage às falas demagógicas de Trump e Bolsonaro como os cães de Pavlov, sem crítica e sem perceber que virou um instrumento de defesa da "escuridão". Os dois líderes caolhos, mesmo sem terem tomado nenhuma atitude real em favor do tratamento, mas produzindo cenas espalhafatosas baratas, pela imagem de seus seguidores fanáticos, serão alçados ao posto de visionários.

Didier Raoult em uma de suas recentes entrevistas ensinou o caminho para a imprensa. Ele pediu que algum jornalista investigativo, não um jornalista de ciência, questionasse as pessoas que decidiram parar os estudos "padrão ouro" na França: "Eu adoraria que jornalistas investigativos questionassem as pessoas responsáveis ​​por esses testes e lhes perguntassem: por que você os interrompeu, qual é o fundamento científico quando os resultados preliminares eram a favor da hidroxicloroquina?".

"Afligida por estudos com amostras pequenas, efeitos minúsculos, análises exploratórias inválidas e conflitos de interesse flagrantes, juntamente com uma obsessão por seguir tendências da moda de importância duvidosa, a ciência deu uma guinada para a escuridão", disse Richard Horton, editor da Lancet, em 2015.

Vou repetir: "uma guinada para a escuridão". Não fui eu que disse isso. É o editor da Lancet. E é exatamente esta escuridão que está sendo defendida pela mídia com empenho, com medo de dar voz para quem discorda e ser classificada de "anti-ciência".


Porque a hidroxicloroquina vai ganhar a batalha de narrativas

Em 29 de outubro de 2018, um Boeing 737 Max da Lion Air, uma companhia aérea da Indonesia, caiu no mar de Java. Ele havia decolado há pouco tempo e estava em uma subida estabilizada, a quase 6000 pés de altura. Mesmo em velocidade normal, o nariz do avião baixou abruptamente. O 737 mergulhou no mar. Foi um acidente incomum na aviação. Entre passageiros e tripulantes, morreram 189 pessoas.

O Max era o mais novo modelo da gigante norteamericana Boeing. Estava em operação há pouco mais de um ano. A linha 737 teve início no meio da década de 60 e se consolidou como um dos maiores sucessos comerciais da história da aviação. 

Desde o início da era do jato, no fim da década de 50, visualmente e de aerodinâmica, os aviões não mudaram quase nada. Além disso, a velocidade se manteve a mesma (exceto no projeto excepcional do Concorde, já fora de uso) com os aviões, até hoje, cruzando os céus a aproximadamente 80% da velocidade do som.

A evolução na aviação seguiu outro caminho: na tecnologia embarcada dos painéis, facilitando operação dos pilotos, nas técnicas de navegação como o GPS, nos materiais compostos usados na fabricação, deixando os aviões mais leves, e nos motores, cada vez mais econômicos e potentes.

Assim o 737 foi sendo modernizado. Ele começou com o modelo 737-200. Depois o mais popular foi o 737-300. Na sequência, seguiu para o 737-NG, até chegar na versão mais atualizada, o atual 737-MAX.

Entretanto, os motores, que ficam abaixo das asas, no início dessa era, tinham um formato de charuto. Eles foram ficando cada vez mais largos.

Isso forçou uma adaptação nos projetos. Na década de 60, quando foi 737 inicialmente pensado, ninguém imaginava que os motores ficariam maiores. E neste avião as asas não são altas. 

De evolução em evolução, os motores foram se aproximando cada vez mais perto do chão. Na versão MAX, os motores já não cabiam abaixo da asa.

Em vez de a Boeing investir em um novo projeto, abandonando a sequência 737 e criando um avião novo e mais alto, a empresa tomou a decisão de continuar modernizado o mesmo modelo. Uma solução mais rápida, econômica e lucrativa.

No MAX, os engenheiros instalaram os motores mais para frente e para cima, os deixando quase do mesmo nível das asas. Também aumentaram a altura do trem de pouso.

Evolução da largura do motor.

Depois de todos os cálculos feitos, a Boeing viu que o motor mais acima gerava turbulência na cauda da aeronave. Isso poderia levar, em algumas circunstâncias de voo, o nariz da aeronave exageradamente para cima.

Para compensar isso, um novo sistema precisou ser inventado, o MCAS (Sistema de Aumento de Características de Manobra). O sistema foi projetado para identificar os momentos em que o nariz poderia levantar exageradamente e agir profilaticamente, de modo automático, empurrando os comando para frente. Tudo sem esperar ações dos pilotos, tomando deles os comandos do avião.

Mas turbulências, assim como epidemias, são difíceis de prever por modelos matemáticos. Durante os voos de testes, a ação do MCAS precisou ser aumentada. O nariz do avião levantava mais do que o previsto. A compensação precisou ser maior e mais bruta.

No voo da Lion Air, o sistema de profilaxia entrou na hora errada e apontou o nariz do avião para o solo. Foi um acidente estranho. Suspeitas foram levantadas, mas criou-se uma narrativa que os pilotos eram ruins e que era necessário esperar por um demorado relatório final para tomar decisões conclusivas sobre as causas do acidente.

Em 10 de março de 2019, pouco mais de quatro meses depois do primeiro acidente, um segundo Boeing 737 Max mergulhou em direção ao solo. Todas as 157 pessoas a bordo morreram. O avião era operado pela Ethiopian Airlines. Havia decolado há seis minutos de Adis Abeba. O acidente era semelhante ao do mar de Java. Novamente tentou-se levantar suspeitas sobre a habilidade dos pilotos. Novamente disseram que esperar o relatório final seria necessário para qualquer decisão.

Entretanto, mesmo pilotos ruins não erram deste modo em voos estabilizados, empurrando o manche para frente e apontando o avião para o chão. Era imensa a probabilidade ser alguma falha de projeto.

Qualquer piloto sabia que a probabilidade de ser uma coincidência era minúscula. Assim como é minúscula a probabilidade de que todos lugares que aplicam o protocolo de Didier Raoult, com consequente baixo percentual de mortos, serem coincidências.

Repórteres investigativos foram ouvir pilotos. Nenhum deles foi acusado de ser "charlatão" ao relatarem que não havia como as duas quedas estranhas e semelhantes serem simples coincidências.

No mesmo dia do segundo acidente, a Ethiopian Airlines parou todos seus 737 Max. No dia seguinte, todas as companhias chinesas pararam seus aviões deste modelo. Na sequência, o mundo inteiro foi interrompendo as operações do Max. Todos concluíram o óbvio: não era coincidência.

A FAA, agência norteamericana, foi a última. Apenas admitiu que não podia ser uma coincidência três dias depois. As manchetes e o jornalismo investigativo de uma imprensa que não come na mão da indústria aeronáutica foram essenciais. 

Interesses comerciais, ao que parece, influenciam. “Esta é uma tragédia que nunca deveria ter acontecido”, disse o presidente do Comitê de Transporte da Câmara, Peter DeFazio. “Vamos tomar medidas em nossa legislação para garantir que isso nunca aconteça novamente enquanto reformamos o sistema”.

“Este avião foi projetado por palhaços que, por sua vez, são supervisionados por macacos”, disse um funcionário da Boeing. Revelação feita por jornalismo investigativo sério, provando que as decisões governamentais não são imunes a interesses das grandes corporações, mesmo quando vidas são postas em risco.

"Esta indústria usa sua riqueza e poder para cooptar todas as instituições que possam se interpor em seu caminho", disse Marcia Angell, ex editora chefe da New England Journal of Medicine, sobre outro ramo de negócios e outras instituições.

No caso da hidroxicloroquina, hoje são milhares de médicos e cientistas mostrando, em todos os lugares, as provas científicas irrefutáveis do funcionamento. Dizendo que é impossível tanta coincidência. 

Entretanto, sem a ajuda de uma imprensa investigativa, é trabalho de formiguinha.

Enquanto isso, cada dia que passa, no mundo todo, o equivalente a 20 acidentes de aviões por dia, que poderiam ser evitados, continuam acontecendo.


A grande imprensa ensaia, de modo tímido, contar a verdade. Mas eles ainda não sabem ligar os pontos.

"Remdesivir pode não curar o coronavírus, mas está a caminho de faturar bilhões para Gilead"diz a manchete do Washington Post, um dos mais importantes jornais dos EUA. "Opções limitadas ajudaram o remdesivir a ser lançado comercialmente em tempo recorde". Nenhum comentário sobre os fortes efeitos colaterais foi colocado.

A Reuters resolveu misturar uma notícia importante e uma irrelevante em um único título, muito cuidadoso: "Talvez muito cedo para descartar a hidroxicloroquina; enganando o sistema imunológico". Eles falavam da meta análise do professor Harvey Risch. A estatística incontestável, para eles, virou uma "sugestão". 

"A ‘aparência muito, muito ruim’ do remdesivir, o primeiro medicamento COVID-19 aprovado pelo FDA"diz a manchete da Science Magazine. Eles contam histórias de dados ruins ignorados, aprovações estranhas, burocracias e negociações lucrativas.

"’Em vez de Coronavírus, a fome vai nos matar.’ Uma crise alimentar global se aproxima"diz outra manchete do New York Times. "O mundo nunca enfrentou uma emergência de fome como esta, dizem os especialistas. Pode dobrar o número de pessoas que enfrentam fome aguda para 265 milhões até o final deste ano", explica o jornal.

"Os protocolos de vacinas da Covid-19 revelam que os ensaios foram elaborados para ter sucesso"diz a manchete da Forbes. Talvez um dia o jornalista também descubra o óbvio: que é possível elaborar ensaios com o objetivo de dar errado, principalmente em produtos pouco lucrativos, como os medicamentos sem patentes.

A BMJ, um dos mais importantes jornais de medicina publicou um editorial. Eles, ao que parece, já estão dispostos a explicar que há corrupção e politização da ciência. "Covid-19: politização, “corrupção” e supressão da ciência" diz a manchete.

Eu acredito que se colocarem os jornalistas que escreveram esses seis artigos juntos, confinados, em quarentena, é provável que depois de uns três anos, em algum momento intensa genialidade, eles consigam ligar os pontos.


Em 2005, Richard Smith parece ter visto o futuro

No mesmo artigo que Richard Smith explica o pântano dos conflitos de interesses de diversos tipos nos jornais médicos, ele fez uma lista assustadora e deu "exemplos de métodos para empresas farmacêuticas obterem os resultados desejados de estudos clínicos".

Ele explicou o que parecem ser truques sujos e constantes que a indústria faz para lidar com medicamentos concorrentes ao produzir estudos "padrão ouro", mais valorizados: usar doses mais altas, mais baixas ou produzir estudos que sejam pequenos demais, sem significância estatística. 

"Teste seus medicamentos com uma dose muito baixa de um medicamento concorrente", explicou. "Faça um teste do seu medicamento com uma dose muito alta de um medicamento concorrente", e "conduza ensaios que sejam pequenos demais para mostrar diferenças".

É uma assustadora receita de como matar concorrentes sem poder de barganha, como os medicamentos baratos, genéricos, sem patentes e fabricados em qualquer laboratório.


A continuação da frase do início deste artigo

"Ele era capaz de ser tão gentil com as crianças, de fazer com que elas se apaixonassem por ele, de lhes trazer doces, de pensar em pequenos detalhes de suas vidas diárias e de fazer coisas que realmente admiramos… E então, ao lado… a fumaça dos crematórios e essas crianças, amanhã ou em meia hora, iriam ser mandadas para lá. Bem, aí estava a anomalia".

Quem fez esse relato foi um ex-prisioneiro médico judeu. Ele falava sobre a atuação Josef Mengele, "o anjo da morte".

Gêmeos mantidos vivos para serem usados em experimentos médicos de Mengele. Essas crianças foram libertadas de Auschwitz pelo Exército Vermelho em janeiro de 1945.

Mengele foi um oficial alemão da Schutzstaffel (SS). Ele foi médico em Auschwitz, no maior campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Lá ele tinha duas funções. A primeira era receber os trens com prisioneiros judeus e selecionar quem iria viver ou morrer.

Entre os prisioneiros estavam ciganos, judeus, inimigos políticos, socialistas e homossexuais.

Os que eram considerados aptos a trabalhar eram admitidos no campo. Os que eram julgados inaptos para o trabalho, cerca de três quartos, eram diretamente enviados para a câmara de gás.

Quase todas as crianças, mulheres com filhos pequenos e mulheres grávidas tinham as câmaras de gás como destino. Entre os idosos, não havia nenhuma exceção. Todos eram enviados para a morte.

Em contraste com a maioria dos médicos, que consideravam as seleções como um de seus deveres mais estressantes e horríveis, Mengele assumia a tarefa com um ar extravagante, muitas vezes sorrindo ou assobiando uma melodia.

A segunda função do "anjo da morte" era selecionar pessoas para seus experimentos científicos. Ele tinha uma predileção por irmãos gêmeos. Os experimentos realizados por ele incluíam a amputações desnecessárias de membros, infecção intencional com doenças e transfusão de sangue de um gêmeo no outro.

Se um gêmeo morria de doença no meio do experimento, Mengele matava o outro para que pudessem ser preparados resultados científicos com grupo controle pós morte.

Mas seus experimentos não pararam por aí. Mengele tentava mudar cor dos olhos injetando produtos químicos. Em outra ocasião, a testemunha Vera Alexander descreveu como ele costurou dois gêmeos ciganos pelas costas em uma tentativa de criar gêmeos xifópagos. As crianças morreram de gangrena após alguns dias de sofrimento.

Depois da guerra, Mengele não foi julgado pelos seus crimes. Ele escapou de Nuremberg, onde parte dos criminosos nazistas foram julgados e executados.

Alguns dos enforcados, como Julius Streicher, nunca tocaram suas mãos em qualquer prisioneiro. Julius era jornalista e fazia parte de uma rede de conspiração contra os judeus, manipulando a opinião pública com suas publicações. Ele ajudou a criar o clima onde todos esses crimes foram possíveis.

Ajudado por uma rede de ex-integrantes da SS, Mengele conseguiu fugir para a América Latina. Depois de passagens pela Argentina e Paraguai, veio para o Brasil e viveu em minha região.

Relatos não confirmados dizem que ele veio em minha cidade diversas vezes. Mengele visitava o ex-colega Franz Wagner, chefe de Sobibor, outro campo de extermínio.

Wagner era conhecido como "a besta" e morou em Atibaia por muitos anos. E mesmo identificado, viveu no Brasil impune, protegido pela ditadura militar que matava e torturava, ocorrida entre 1964 e 1985. Ditadura, aliás, de viés fascista, que conspirou contra a democracia e aplicou um golpe de estado. Um tempo sombrio celebrado por Bolsonaro, o presidente de extrema direita do Brasil.

Olhando para os tempos atuais, hoje, 2 de dezembro, temos 1,496,670 mortos pelo coronavírus. Segundo a meta-análise mais completa, 715,531 dessas vidas poderiam ter sido poupadas com aconselhamentos corretos sobre tratamentos com a hidroxicloroquina, medicamento largamente disponível no mundo todo.

Muitas mortes mais virão, pela própria doença e pela fome que é prevista acontecer, devido à queda brutal na economia mundial.

Além disso, os índices de suicídio se tornaram uma preocupação alarmante. É uma preocupação que inclusive atinge crianças. E entre os jovens, segundo um estudo da CDC, 25% das pessoas entre 18 e 24 anos pensou seriamente em se matar.

E mesmo entre os que são infectados e se curam, 40% fica com sequelasUm em cada cinco fica com doenças mentais. Tudo poderia ser minimizado com um tratamento adequado.

Este é o retrato da crise global: sofrimento, mortes e a negação de um tratamento efetivo e comprovado. Tudo já naturalizado em nosso dia-a-dia. Neste contexto é possível fazer algumas conclusões.

Cientistas e autoridades informaram apenas ser possível fazer a recomendação da hidroxicloroquina com um estudo "padrão ouro" positivo. Se falaram isso por serem desqualificados e não terem conhecimento dos estudos de AnglemyerBenson e Frieden, sem problemas. Tudo bem. Mas se fizeram isso por interesses comerciais ou políticos, eu concluo: essas pessoas possuem o espírito de Mengele vivo dentro delas.

Os editores da NEJM não corrigiram os resultados da primeira pesquisa randomizada do medicamento, nem responderam a Watanabe, Luco, Wiseman, Yang e Birnbaum. Se não viram essas correções ou não tiveram tempo, sem problemas. Tudo bem. Mas se fizeram isso por interesses comerciais ou políticos, eu concluo: essas pessoas mantém o espírito de Julius Streicher vivo e atuante.

Jornalistas científicos fizeram vídeos e textos falando que as pessoas ficariam cegas se tomassem hidroxicloroquina, e muita gente deixou de tomar o medicamento por causa disso. Se fizeram isso por serem amadores, ignorantes e não terem estudado, sem problemas. Tudo bem. Mas se fizeram isso para gerar medo intencionalmente por qualquer interesse, essas pessoas possuem a cultura científica de Mengele.

Cientistas fizeram estudos em pacientes graves com doses altíssimas de hidroxicloroquina, jamais usadas em nenhuma doença. Se fizeram por não terem lido, por desatenção, o estudo da Fiocruz, que já explicava que doses altas eram prejudiciais, e se também, por desatenção, não viram as correspondências da Índia alertando que as doses eram exageradas, quatro vezes maior que as normais, sem problemas. Tudo bem. Mas se deram uma alta dose para aumentar a mortalidade e gerar manchetes negativas difamando o tratamento, eu concluo: esses cientistas são praticamente a reencarnação de Mengele.

Fizeram estudos com dados falsos, posteriormente publicado na Lancet, o que justificou a parada de diversos ensaios clínicos em andamento. Se fizeram por algum erro ou confusão em bancos de dados, sem problemas. Tudo bem. Mas se fizeram isso com o objetivo de destruir o tratamento e gerar manchetes no mundo todo para mentir sobre os perigos da medicação, eu concluo: esses cientistas agem como o Mengele recebendo os trens.

Diversos cientistas que estavam fazendo estudos "padrão ouro" com a hidroxicloroquina os interromperam devido ao estudo falso da Surgisphere, mesmo com resultados parciais positivos. Se não os retomaram por simples desatenção, sem problemas. Tudo bem. Mas se não retomaram para que esses estudos não dessem resultados positivos por interesses monetários ou políticos, eu concluo: esse cientistas são alunos de Mengele.

Vários estudos "padrão ouro" foram feitos com pacientes jovens, onde há pouca significância estatística por não serem pacientes de risco. Outros foram encerrados precocemente, gerando também pouca significância estatística. Se fizeram assim por impossibilidades diversas ou falta de conhecimento estatístico, sem problemas, tudo bem. Mas se fizeram isso com o objetivo de gerar propositalmente estudos sem resultados, para contribuir com o bloqueio da medicação, eu concluo: essas pessoas fazem ciência com a alma de Mengele.


A banalidade do mal

Israel foi fundada em 1948, três anos após o fim da segunda guerra mundial. Muitos sobreviventes judeus dos campos de de concentração mudaram-se para lá. Boa parte desses sobreviventes, quando contavam as histórias de extermínio e dos estudos de Mengele, ouviam piadas. 

Mesmo com as evidências mostradas no julgamento de Nuremberg, ocorrido entre 45 e 46, as pessoas não acreditavam que seres humanos pudessem ser tão diabólicos. A história era difícil de acreditar de tanta maldade. Parecia um exagero.

Essas piadas ocorreram até iniciar o julgamento de Adolf Eichmann, um eficiente burocrata que ajudou a fazer os campos de concentração funcionarem como um relógio. Capturado na Argentina pelo Mossad, o serviço secreto israelense, em 1960, ele foi levado aos tribunais.

O governo israelita organizou o julgamento para que tivesse grande cobertura dos meios de comunicação, inclusive, por televisão, uma tecnologia que já estava popular.

Nuremberg, no aspecto midiático, foi deficiente e pouco didático, além de ser uma verdade nova. O New York Times, por exemplo, demorou para acreditar. Notícias sobre as câmaras de gás só foram publicadas pela primeira vez em 1944. Quase no fim da guerra.

No caso de Eichmann, as imagens televisionadas fizeram a diferença. Foi apenas assim que todos entenderam a proporção de tudo que aconteceu. 

Hannah Arendt

Durante esse julgamento, Hannah Arendt criou a expressão "banalidade do mal". Ela falava das pessoas que cumpriam ordens sem questioná-las, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre o Bem ou o Mal que pudessem causar.

Em 1962, Eichmann foi enforcado. Em Israel, as piadas acabaram. Franz Wagner foi encontrado com uma faca cravada no peito. Em 1979, Mengele, o mais icônico psicopata que fez maldades em nome da ciência, foi enterrado com uma identidade falsa. 

E se alguém tem alguma dúvida de qual assunto estou falando, deixo bem claro: é sobre crimes contra a humanidade.

Filipe Rafaeli é um profissional de comunicação, cineasta independente e piloto de acrobacias aéreas.
https://twitter.com/filipe_rafaeli


Post scriptum

Aos checadores de fatos: a chance da hidroxicloroquina não estar funcionando, segundo a meta análise mais completa, é de 1 em 910 bilhões. Antes de escreverem qualquer coisa, chamem estatísticos que não sejam charlatões que digam que essa e as outras meta-análises que citei estão erradas.

Aos censores das redes sociais: censura é ferramenta dos covardes sem argumentos. Além disso, acontece tradicionalmente ao mesmo tempo em que crimes contra a humanidade são cometidos. Sempre começam queimando livros, depois seguem queimando pessoas. Vocês são garotos mimados de países que nunca passaram por isso. No meu país é uma realidade não muito distante. Tive parentes que foram presos e conheço diversas pessoas que foram torturadas por simplesmente falarem o que não poderia ser dito. Portanto, tomem cuidado com essas decisões, elas poderão ir para os livros de história.

Aos leitores:
Leiam meu primeiro artigo de Julho de 2020 (PortuguêsInglêsFrancês)
Leiam meu segundo artigo de Setembro de 2020 (PortuguêsInglêsFrancês)

Você pode ler mais em : https://truthabouthcq.com/

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