O Fórum Econômico Mundial (WEF) anunciou recentemente que 98% de todos os bancos centrais concordaram em avançar na agenda da organização para uma "sociedade sem dinheiro". Segundo relatos de Frank Bergman, a maioria dos bancos centrais do mundo está preparada para eliminar o dinheiro físico e migrar para o "dinheiro digital".
Essa revelação foi feita em um novo documento do WEF que afirma que os países em todo o mundo em breve serão forçados a adotar uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC) em substituição ao dinheiro tradicional.
No relatório, intitulado "Modernizando os Mercados Financeiros com Moeda Digital de Banco Central de Atacado", o WEF destaca que um CBDC substituirá todas as outras formas de dinheiro, servindo como um sistema global de moeda digital em que todos serão reféns.
O documento enfatiza a importância da racionalização das transações transfronteiriças e destaca a participação do Banco de Compensações Internacionais (BIS) nesses esforços nos últimos anos.
Além disso, o relatório introduz o conceito de CBDCs diferenciadas, com "CBDCs de atacado" reservadas para instituições bancárias, governos e algumas corporações globais, enquanto as "CBDCs de varejo" seriam destinadas ao público em geral.
No entanto, a forma como o valor e o poder de compra das CBDCs no atacado difeririam não está clara, levantando preocupações sobre as oportunidades que esses dispositivos oferecem para homogeneizar moedas e transações internacionais, possivelmente pavimentando o caminho para um modelo monetário global.
A escravidão digital em uma sociedade sem dinheiro físico
O WEF tem promovido a agenda de uma "sociedade sem dinheiro" há algum tempo, destacando a "desmaterialização" dos títulos físicos e do dinheiro como parte desse processo. O uso de CBDCs por governos e bancos globais é visto como um passo em direção a esse objetivo.
Para implementar essa agenda, o WEF e o BIS reconhecem a necessidade de uma introdução passo a passo usando "sistemas de ligação". Essa abordagem gradual vincularia CBDCs a moedas físicas e contratos físicos, até que a versão totalmente digital se torne a norma.
Prevê-se que trilhões de dólares em ativos fluirão para CBDCs até 2030, com pelo menos 9 grandes bancos centrais prevendo a circulação de CBDCs até essa data.
No entanto, essa transição para uma sociedade sem dinheiro levanta preocupações sobre o controle centralizado das transações financeiras e a possível perda de privacidade e liberdade no comércio. A adoção generalizada de CBDCs poderia tornar todas as transações rastreáveis e facilmente controladas por governos e bancos.
Portanto, enquanto os bancos centrais se preparam para a era das CBDCs, é crucial monitorar de perto o desenvolvimento dessas tecnologias e garantir que os direitos individuais e a liberdade econômica sejam protegidos em meio a essa mudança paradigmática.
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