No Brasil, um dos maiores desafios enfrentados pela população é a insegurança alimentar, que afeta milhões de pessoas em todo o país. Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que no primeiro ano do governo Lula, cerca de 64,1 milhões de brasileiros vivenciaram situações de insegurança alimentar, o que representa aproximadamente uma em cada quatro residências do país.
Essa realidade alarmante indica que muitos brasileiros experimentaram períodos de fome ou viveram sob o constante medo de não terem acesso adequado aos alimentos necessários para uma vida saudável. A situação é particularmente preocupante nas regiões Norte e Nordeste do país, onde a dificuldade de acesso à comida é mais evidente.
Dos 64,1 milhões de pessoas afetadas pela insegurança alimentar, quase 12 milhões enfrentavam grande dificuldade para obter comida, enquanto outros 8,6 milhões vivenciavam uma situação próxima à fome. Esse cenário reflete uma distribuição desigual de recursos e oportunidades em todo o país, com consequências significativas para a saúde e o bem-estar da população.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que, em 2023, o Brasil tinha 27,6% de seus domicílios em situação de insegurança alimentar. Isso inclui diferentes níveis de gravidade, desde insegurança alimentar leve até situações mais críticas, como a insegurança alimentar grave. (Relacionado: Governo Sanguessuga: Em todo o Brasil a liberdade, saúde, educação, segurança, economia, alimentos e hospitais estão colapsando)
A segurança alimentar, conforme o IBGE, consiste no acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. A insegurança alimentar, por sua vez, é classificada em três níveis – leve, moderada e grave, sendo assim definidas:
- Insegurança alimentar leve – quando há preocupação com o acesso à comida no futuro, e também quando é registrada diminuição na qualidade dos alimentos;
- Insegurança alimentar moderada – situação em que as pessoas, sobretudo adultas, passam a conviver com a restrição quantitativa de alimentos.
- Insegurança alimentar grave – queda quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, quando todos os residentes de um domicílio passam por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à fome.
É importante destacar que, entre os domicílios afetados pela insegurança alimentar, a maioria era chefiada por mulheres, revelando desigualdades de gênero que impactam diretamente a capacidade das famílias de garantir uma alimentação adequada para seus membros. Além disso, a pesquisa apontou que a falta de acesso a alimentos está diretamente relacionada ao baixo rendimento domiciliar per capita, evidenciando a estreita ligação entre pobreza e insegurança alimentar.
Regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil foram as mais afetadas pela insegurança alimentar, apesar de apresentarem uma produção agrícola significativa. Isso reflete desafios estruturais relacionados à distribuição de renda, acesso a serviços básicos e desenvolvimento econômico nessas áreas.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que o governo e a sociedade como um todo adotem medidas eficazes para combater a insegurança alimentar, garantindo o acesso universal a uma alimentação adequada e nutritiva. Isso envolve políticas públicas que promovam a agricultura familiar, o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, e o combate à pobreza e desigualdade social.
A pesquisa realizada pelo IBGE é um alerta para a urgência de ações concretas que assegurem o direito básico de toda pessoa à alimentação adequada e de qualidade, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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