Um estudo recente intitulado "Neurowar Is Here" [Neuroguerra está aqui], realizado por Joshua D. Gramm e Brian A. Branagan como parte de sua conclusão de mestrado em Análise de Defesa, revela uma mudança significativa no cenário de guerra. Este não se trata mais apenas de poder militar ou controle econômico, mas de uma batalha pelo domínio sobre o cérebro humano.
O estudo destaca a competição entre as grandes potências, especialmente entre EUA, China e Rússia, que agora buscam a liderança global. No entanto, a essência dessa competição não está mais apenas em aspectos tradicionais, mas sim na manipulação e controle das mentes humanas.
O foco central do estudo é nas chamadas "neuroarmas", que têm como alvo o cérebro ou o sistema nervoso central, buscando manipular o estado mental, a capacidade e o comportamento de seus alvos. Os autores alertam que essa batalha, muitas vezes invisível, pela dominação das mentes está sendo subestimada pela mídia de massa, tornando-a ainda mais aterrorizante.
A análise identifica as neuroarmas como instrumentos estratégicos que visam diretamente o cérebro ou o sistema nervoso central, afetando estados mentais, capacidades cognitivas e comportamentos de maneira específica e previsível.
Essa preocupação com armas neurológicas não é nova, remontando a estudos desde o ano 2000, quando o Parlamento Europeu e a OTAN abordaram tecnologias de controle de multidões e armas de radiofrequência e energia dirigida.
"A tecnologia antimaterial e de controle de multidões não letal mais controversa proposta pelos EUA são as chamadas armas de radiofrequência ou de energia dirigida que podem supostamente manipular o comportamento humano de várias maneiras incomuns" e "a maior preocupação é com sistemas que podem interagir diretamente com o sistema nervoso humano (...) As pesquisas realizadas até o momento tanto nos EUA quanto na Rússia podem ser divididas em duas áreas relacionadas: (i) controle da mente individual e (ii) controle de multidões" (pg. XIV, LIIII).
Revolução em Assuntos Militares e Conflitos Sem Guerra
Os especialistas, propõe que a única maneira de evitar o uso em larga escala dessas tecnologias seja por meio de um apoio público maciço, levando à desclassificação das pesquisas sobre neuroarmas.
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