Terroristas do Hamas e da Jihad que se uniram receberam quase US$ 150 milhões em bitcoin desde 2021

A resposta, pelo menos parcialmente, pode estar nas criptomoedas.


Militantes do Hamas e da Jihad que se uniram receberam quase US$ 150 milhões em bitcoin desde 2021

No rescaldo dos horríveis ataques terroristas em Israel, subsistem dúvidas sobre a forma como o Hamas foi capaz de levar a cabo um ataque de tamanha escala. A resposta, pelo menos parcialmente, pode estar nas criptomoedas. 

A DW, emissora internacional alemã e meios de comunicação internacionais, escreve: "como o Hamas reuniu os recursos para um ataque tão sofisticado contra um dos militares mais bem preparados do mundo? De acordo com analistas, as criptomoedas desempenharam um papel significativo."

Reportagem da DW: O Hamas recebeu 41 milhões de dólares (39 milhões de euros) entre agosto de 2021 e junho de 2023, de acordo com a empresa de análise e software cripto BitOK, com sede em Telavive. A Jihad Islâmica Palestina (PIJ), cujos militantes se juntaram ao Hamas na realização do ataque, recebeu outros US$ 93 milhões em criptomoedas, de acordo com o pesquisador de criptomoedas Elliptic, com sede em Londres.

As Brigadas al-Qassam, a ala militar do Hamas, também receberam milhões de dólares em transferências de criptomoedas, de acordo com uma análise da Elliptic. Essas transferências vieram na forma de bitcoin, a stablecoin tether e outros criptoativos, incluindo dogecoin, uma criptomoeda popular com Elon Musk que foi inicialmente inventada como uma piada.
Alguns desses grupos estão até envolvidos na mineração de criptomoedas, diz Elliptic, o que lhes permite ganhar mais dinheiro com a manutenção básica de redes de criptomoedas.

O Wall Street Journal escreveu: "O ataque relâmpago do Hamas a Israel no último fim de semana deixou observadores questionando como o grupo financiou a operação surpresa. Uma resposta possível: criptomoedas."

As Nações Unidas estimam que as criptomoedas respondem por 20% do financiamento do terrorismo no mundo. Os críticos dizem que a criptografia é a ferramenta de financiamento perfeita para criminosos porque os pagamentos podem ser difíceis de rastrear e podem escapar das regulamentações financeiras.

"É alarmante e deve ser um alerta para legisladores e reguladores que as carteiras digitais conectadas ao Hamas receberam milhões de dólares em criptomoedas", escreveu a senadora Elizabeth Warren no Twitter. "A criptomoeda é a arma financeira não tão secreta que financia organizações terroristas como o Hamas, as redes chinesas de fentanil e o programa de mísseis da Coreia do Norte."

A revista Forbes nomeou o Hamas um dos grupos terroristas mais ricos do mundo há quase uma década, em 2014, quando seu faturamento anual foi estimado em até US$ 1 bilhão. Isso veio de impostos e taxas, bem como ajuda financeira e doações, relata a DW.

"Grande parte do financiamento para o Hamas veio de expatriados ou doadores privados na região do Golfo. O Irã é considerado um dos mais proeminentes financiadores do Hamas. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, a potência do Oriente Médio fornece ao Hamas e a outros grupos terroristas palestinos cerca de US$ 100 milhões por ano em financiamento. O Qatar e a Turquia também apoiaram financeiramente o Hamas", acrescenta a reportagem da DW.

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