![Hidroxicloroquina: 2733 pacientes Covid-19 com zero óbitos, mostra estudo Hidroxicloroquina: 2733 pacientes Covid-19 com zero óbitos, mostra estudo](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxANKvtX86Y3-lLvSF684qXRmOeFkvlZ4izgX3Cr4i-qgiQTLvyDJMEFyzJ9YhyZjYMdAaKU5M04ywUVrqwCg6IX2SG7Z-DlOgQOC7yorH26EWaeL2w9bOJy70YzaiMsToUYuZKwDcmcl0rW7x1rvYDn9S_pmvSicTYNTmTq7uXD9rj2J014cbyDwQR1I/s16000-rw/Captura%20de%20tela%202023-06-20%20095226.png)
(Médicos Pela Vida) - Um estudo ambulatorial com delineamento transversal, realizado por pesquisadores da Arábia Saudita e publicado no periódico de alto índice de impacto (12,074) International Journal of Infectious Diseases, testou a segurança do tratamento com hidroxicloroquina contra COVID-19.
Sob a supervisão direta do Ministério da Saúde, 238 clínicas de toda a Arábia Saudita fizeram parte da pesquisa. O grupo alvo do estudo eram pacientes com suspeita de COVID-19 apresentando sintomas leves a moderados. Dentre 60.738 casos suspeitos de COVID-19 que chegaram às clínicas durante o período do estudo, foram selecionados 23.043 pacientes, aos quais foram passados os tratamentos.
Dos 2733 pacientes, 1555 (56,9 %) testaram positivo para COVID-19, enquanto 1178 apresentaram resultado de PCR negativo. No primeiro grupo, 69,4% eram homens e 30,6% eram mulheres, 28,7% estavam na faixa dos 19 a 30 anos, 36,5% tinham entre 31 a 40 anos, 20,6 % entre 41 e 50 anos, 13,8% entre 51 e 64 anos, e os 0,4 % restantes (6 pacientes) tinham mais de 65 anos. No segundo grupo, 71,8% eram homens e 28,2% eram mulheres; e a distribuição etária consistiu em: 31,6% na faixa dos 19 aos 30 anos, 36,2% na faixa dos 31 aos 40 anos, 20,6% entre 41 e 50 anos, 11,5 % entre 51 e 64 anos, e 0,2 % (2 pacientes) com mais de 65 anos.
A prescrição consistiu em 5 dias de tratamento, começando com duas doses de 400 mg de hidroxicloroquina no primeiro dia, seguindo com duas doses diárias de 200 mg nos quatro dias restantes. Foram também associados ao tratamento 60 mg de Zinco uma vez ao dia, além de paracetamol e um anti-histamínico. A terapia com hidroxicloroquina foi descontinuada a qualquer momento em pacientes que relataram qualquer possível efeito adverso relacionado aos medicamentos.
Quando os pacientes retornaram às clínicas de 3 a 7 dias após o início do tratamento, 183 pacientes (6,7%) apresentaram efeitos adversos aos medicamentos, e 240 (8,8%) haviam descontinuado o protocolo de tratamento.
Dos 183 pacientes (6,7% do total) que sofreram efeitos adversos aos medicamentos, 112 (61,2%, ou 4,1% do total) descontinuou o protocolo de tratamento, e os 71 pacientes restantes (38,8%, ou 2,6% do total) continuaram o tratamento independentemente dos efeitos adversos.
O efeito adverso mais comum observado no estudo foi o cardiovascular (69 pacientes, 37,7%, ou 2,5% do total), que incluiu palpitação, dor torácica e alterações eletrocardiográficas. Mas os autores do estudo mencionam que, apesar dos sintomas cardiovasculares relatados durante o curso do tratamento, não se pode desconsiderar o fato de que os sintomas gerais da COVID-19 podem ter sido sobrepostos aos efeitos adversos relatados pelos pacientes.
O segundo efeito adverso mais comum foram sintomas gastrointestinais, incluindo náusea, vômitos, dores abdominais e diarreia. Dentre todos os casos observados com efeitos adversos ao tratamento, não ocorreu nenhuma internação em UTI admissão ou morte em pacientes que receberam hidroxicloroquina.
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