Uma ameaça a liberdade — Relatório final da CPI tenta criminalizar mídia independente

Estudos nacionais e internacionais, opiniões de especialistas e até mesmo dados oficiais, classificados como fake news

Uma ameaça a liberdade — Relatório final da CPI tenta criminalizar mídia independente

Textos da mídia conservadora Brasil Sem Medo (BSM), sobre estudos nacionais e internacionais, opiniões de especialistas e até mesmo dados oficiais, foram classificados como fake news 
pelo relator Renan Calheiros.

Como observei no passado, para ser conservador é preciso seguir certos princípios. Por exemplo, você precisa se opor às grandes invasões do governo e do estado na vida individual, precisa apoiar nossa estrutura constitucional e defender as liberdades civis, além de defender os direitos de propriedade privada. Os sites são de fato propriedade privada, tanto quanto a casa de uma pessoa é propriedade privada. O que está acontecendo é um grande perigo para todos, sem liberdade de expressão, não existe liberdade de imprensa, apenas condicionamento social!

Por: Hélio Costa Jr. e Cristian Derosa 20 de Outubro de 2021 ― Lido na íntegra pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), na manhã desta quarta-feira (20), no Senado, o relatório final da polêmica Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid trouxe 70 indiciamentos de políticos, assessores e ex-assessores, além de jornalistas independentes. O documento deverá ser entregue à Procuradoria Geral da União e o Ministério Público.

Em seu conteúdo, ficou evidente a tentativa de perseguir jornalistas, limitar a liberdade de expressão, de imprensa e o direito à opinião no país, na esteira da politização das divergências médico-científicas da pandemia.

Ao longo de todo o relatório, que primeiro foi vazado à imprensa e hoje entregue de forma oficial, o senador Renan Calheiros fez acusações de "fake news" a matérias jornalísticas cujo conteúdo foi feito com base em pesquisas confiáveis, como o leitor do BSM poderá ver nos exemplos abaixo, que abrangem estudos americanos, chineses, europeus e brasileiros sobre temas como a hidroxicloroquina, uso de máscaras, isolamento horizontal e vertical, efeitos adversos de vacinas, número de mortos e pânico promovido por veículos de grandes grupos de comunicação.

Ao citar exemplos do que classifica fake news, porém, o relatório comete desinformação e induz autoridades ao erro ao citar informações e dados de órgãos internacionais, médicos e cientistas respeitados.

Uso de máscaras


Na página 690 do relatório, logo após o relator descrever todos os sites e veículos independentes como "organizações de mídia organizada" que propagam "fake news", é citada uma matéria que contesta a eficácia das máscaras. Como exemplo do que classifica como fake news, diz o relatório:

"Matéria do Brasil Sem Medo informou que foi comprovada a ineficácia das máscaras para evitar a contaminação".

Na verdade, a matéria em questão, que o leitor pode acessar ao clicar aqui, relata um estudo desenvolvido pelo Departamento de Biologia da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, concluindo que “o uso das máscaras não está associado à diminuição do contágio do covid-19 durante os surtos da doença” no país. O estudo comparou o avanço da doença nos estados americanos com e sem obrigatoriedade do uso das máscaras. O número de contaminados foi semelhante nos dois casos.

Ao contrário do que propõe o relatório do senador Renan, não há consenso científico sobre o uso de máscaras. Além disso, diversos estudos demonstram que além da ineficácia há alguns perigos do uso contínuo do equipamento.

Após analisar diferentes estudos e pesquisas sobre a eficácia da máscara na redução da transmissão do covid-19 em bancos de dados do PubMed, Embase, Scopus e Central, o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) concluiu que faltam evidências científicas para comprovar a eficácia das máscaras na prevenção ao Covid-19.

Publicado no dia 15 de fevereiro deste ano, o relatório do ECDC analisou dados disponíveis nas plataformas médicas em 10 de novembro de 2020 e 11 de dezembro de 2020. A equipe do ECDC também manteve o acesso aos bancos de dados do dia 11 de dezembro de 2020 até 18 de janeiro de 2021 para monitorar quaisquer novidades sobre o tema surgida nesse período.

Ainda em novembro de 2020, um estudo publicado no periódico científico Annals of The American Thoracic Society sugere que a obrigatoriedade de máscaras durante exercícios físicos deve ser repensada para pessoas com doenças cardiopulmonares.

No mesmo mês, outro estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine concluiu que as máscaras cirúrgicas não reduzem a taxa de infecção da covid-19. A pesquisa foi realizada na Dinamarca com mais de 6 mil pessoas.

Um estudo alemão da Witten Herdecke University envolvendo mais de 2.500 crianças em idade escolar descobriu que 68% delas apresentavam algum tipo de problema físico, psicológico ou comportamental associados ao uso de máscaras.

A pesquisa foi publicada em 5 de janeiro deste ano e detectou como irritabilidade (60%), dores de cabeça (53%), dificuldade de concentração (50%), diminuição da percepção de felicidade (49%), recusa em ir para a escola ou creche (44%), desânimo (42%), comprometimento da capacidade de aprendizado (38%), vertigem e fadiga (37%).

O relatório final da CPI, portanto, desacredita os órgãos científicos citados acima ao classificar como desinformação a divulgação dos resultados desses estudos.

"31/03/2021 – Divulga notícia falsa sobre o uso de máscara."

A "notícia falsa" citada pelo senador é um relato sobre o estado americano do Texas ter retirado todas as medidas restritivas sem ver aumento do número de casos de covid. “O decreto estadual que impunha o uso das máscaras já não é mais válido no Texas”, afirmou o governador Greg Abbott.

Desde então, o número de infecções causadas pelo novo coronavírus só tem diminuído. Até a liberação das máscaras, os novos casos positivos no estado da Estrela Solitária chegavam a 4.781. Uma semana depois, o Texas Human & Health Services apontava 3.104. Quando esta matéria começava a ser redigida, em 28/3, a marca era de 1.918 casos diários.

O governador do Texas, Greg Abbott, escreveu uma ordem executiva proibindo quaisquer entidades de exigir prova de vacinação para entrada de funcionários ou clientes em seus estabelecimentos, sejam elas públicas ou privadas.

Hidroxicloroquina


Na página 673 do relatório, Calheiros questiona se a hidroxicloroquina possui eficácia contra o vírus, o que faz novamente citando matéria do BSM. No caso a seguir, o relatório buscou limitar o direito de expressão do jornal.

"06/05/2020 - Brasil Sem Medo publicou carta aberta ao presidente solicitando a liberação imediata da hidroxicloroquina com base nos resultados dos estudos realizados pela Prevent Senior e pelo cientista Didier Raoult."

É direito de opinião questionar um estudo, mas não cabe a um senador questionar o uso de um medicamento que pode salvar vidas, apresentando apenas informações soltas contra o medicamento. Meta análises e diversos estudo indicam a hidroxicloroquina como medicamento eficiente no combate ao vírus. O Brasil Sem Medo divulgou diversos estudos ao longo da pandemia, além de entrevistar médicos que trataram centenas de pacientes com tratamento inicial. Um exemplo foi a entrevista com Dr. Francisco Cardoso.

Além disso, o BSM expôs os potenciais conflitos de interesse e problemas éticos que envolveram o boicote a medicamentos de baixo custo e pouco interesse da indústria farmacêutica.

A revelação do estudo francês que mostra pagamentos mais robustos aos médicos que se declaram contrários ao uso da hidroxicloroquina para o tratamento de Covid-19 não assusta tanto a classe médica quanto os seus pacientes. O pneumologista Wagner Malheiros, em entrevista recente ao site Estudos Nacionais, já em 2020, contou que os congressos da Sociedade Brasileira de Imunologia são em geral patrocinados pela gigante farmacêutica francesa Gilead Sciences, produtora do medicamento remdesivir, possível substituto (e na época concorrente) da hidroxicloroquina.

Não apenas o Brasil Sem Medo, mas também a grande mídia publicou estudos indicando que a China utilizou a hidroxicloroquina para tratar pacientes. O mesmo aconteceu na Itália.

Em 29 de outubro, o BSM publicou uma matéria sobre a politização da hidroxicloroquina na Europa e denuncia de médicos italianos sobre o caso.

Outros estudos sobre o medicamento hidroxicloroquina foram publicados pelo BSM e amplamente divulgados nas redes sociais por médicos e órgãos de pesquisa, conforme relacionamos abaixo:

  • Um estudo chinês apontou para eficácia da hidroxicloroquina em tratamento de coronavírus;
  • Relato de quem se tratou com hidroxicloroquina;
  • Hidroxicloroquina melhora sobrevida de pacientes intubados, indica estudo;
  • Professor de Yale diz que a hidroxicloroquina poderia ter evitado 100 mil mortes;
  • The Lancet se retrata por publicação sobre cloroquina;
  • Mesmo entidades envolvidas com Anthony Fauci, mostram evidências favoráveis à hidroxicloroquina.

O relatório acusa o BSM de promover "apologia ao uso de cloroquina".

Durante debate na rede CNN Brasil sobre eficácia da hidroxicloroquina, o virologista da USP, Paolo Zanotto, prometeu ao seu oponente, o infectologista Marcos Boulos, uma lista de 35 referências que comprovariam eficácia do uso precoce do medicamento. O BSM recebeu do virologista cerca de 50 estudos nessa linha. A lista contém referências sobre as 4-AQs, suas atividades e seu uso antiviral e na covid-19 desde 2003. A lista de estudos cientificos pode ser lida aqui.

Histeria e medo


Na página 769 do mesmo relatório, Renan Calheiros escreve:

"11/03/2020 – Divulga matéria acusando grupos de disseminar a histeria durante a pandemia."

O relator se refere aos grupos de comunicação, que teriam sido acusados de disseminar pânico na pandemia. Além da obviedade percebida pela população, há evidências públicas de que isso aconteceu. Livros já publicados e relatos de cientistas do Imperial College of London mostram que o medo foi empregado conscientemente com objetivo de fazer avançar medidas de isolamento social e lockdown. Vejamos.

Laura Dodsworth, no livro A State of Fear: how the UK government weaponised fear during the covid-19 pandemic (2021), apresenta testemunhos de pessoas tomadas pelo medo durante a pandemia, além da posição assumida por jornalistas e cientistas na propagação do temor da morte e do vírus. A autora faz uma série de questionamentos, como "quem está envolvido nas decisões que afetam nossas vidas? Por que o governo usou o medo? Quais os verdadeiros riscos?"

Na página 770, o relatório final da CPI diz o seguinte:

"26/03/2020 – Divulga matéria tentando minimizar o número de mortes por covid-19 na Itália."

De acordo com estudo publicado pela Universidade de Oxford, as mortes diretamente ocasionadas pelo Covid-19, na Itália, podem corresponder a apenas 12% do número oficial apresentado. A porcentagem se refere aos casos em que ficou comprovada a causalidade do vírus chinês, causador da doença. Isso significaria que 88% das mais de 6 mil mortes relatadas seriam explicadas pela junção de fatores característicos da Itália e a presença ocasional do coronavírus.

O problema dos números de mortes até hoje apresenta divergência.

Vacinas, riscos e efeitos adversos


Sobre os riscos das vacinas que eventualmente foram e continuam a ser levantados, Renan Calheiros nega que a Evidence-Based Medicine Consultancy Ltd, sediada na Inglaterra, emitiu no começo de junho um relatório preliminar urgente, submetido à Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA), em que afirma ter "evidências mais do que suficientes" sobre os riscos e falta de segurança das vacinas aplicadas no país. Eles se referem a vacinas contra covid da Pfizer, Moderna e Astrazeneca.

O relatório foi assinado pela Evidence-based Medicine Consultancy e pelo Diretor do EbMC Squared CiC, Dr. Tess Lawrie (MBBCh, PhD), e diz: “pesquisamos os relatórios do Cartão Amarelo usando palavras-chave específicas da patologia para agrupar os dados de acordo com cinco categorias amplas e clinicamente relevantes, informou o site americano do America's Frontline Doctors.

Em outro trecho, Renan põe dúvidas nos documentos oficiais da Anvisa:

"10/06/2021 – Divulga texto induzindo as pessoas a acharem que a vacina produz efeitos adversos."

O BSM busca fazer uma frequente e assídua cobertura sobre o monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os efeitos adversos das vacinas. A Anvisa mantém um sistema de notificações com atualização periódica de casos de reações adversas e mortes suspeitas associadas a medicamentos. Em relação às vacinas, o Painel Vigimed havia registrado, até o dia 14 de outubro de 2021, um total de 1.144 óbitos associados às vacinas para covid-19 e 15.332 informes de eventos adversos após a administração dos “imunizantes”.

À medida que os casos, internações e óbitos por covid caem em todo o país, como reflexo da disseminação da variante menos letal, Delta, os casos de reações das vacinas continuam crescendo e deixando a população cada vez mais cética em relação aos riscos dos soros experimentais.

Até esta quinta-feira (14), o Painel Vigimed da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou A Coronavac lidera as notificações, com 911 óbitos suspeitos e 3.625 casos de reações adversas. Já o "imunizante" da gigante farmacêutica AstraZeneca é associado a um número menor de óbitos (211), mas tem a maior parte das notificações por reações adversas, totalizando 10.617 casos.

Isolamento social


Na Página 768 do relatório, Calheiros diz:

"Compartilha postagem do site Brasil sem Medo com estudo dizendo que o isolamento social aumentou o número de mortes por covid-19."

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) demonstrou que o isolamento social estava correlacionado a um aumento no número de mortes por covid-19 no Brasil. Os resultados do estudo demonstram que, quanto mais severo o isolamento social, maior o número de mortes pela doença.

A implementação de medidas restritivas foi associada a um aumento de 10,5% no número de mortes pelo coronavírus. Nos EUA, diversos cientistas questionam a medida, entre eles o Dr. John P.A. Ioannidis, epidemiologista e co-diretor do Stanford 's Meta-Research Innovation Center.

A página 684 do relatório diz:

"29/06/2021 - Coluna do Brasil Sem Medo, escrita pelo influenciador Cristian Derosa contra a "vacinação experimental”

Na matéria citada pelo relatório, o autor da matéria "Por que a esquerda poderá culpar o governo por vacinação experimental e mortes", Cristian Derosa, trata de expor o caso de Israel, mostrando o que pode acontecer em qualquer lugar do mundo.

"Como mostrou recente análise de Ricardo Gancz, correspondente do BSM em Israel, o primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu adotou toda a agenda globalista da pandemia, impondo restrições à circulação, máscaras, vacinações experimentais e, por fim, passaportes sanitários. O resultado foi um contra-ataque vindo da esquerda do país em favor das liberdades fundamentais dos cidadãos. Na contramão do mundo inteiro, onde a esquerda defende restrições de todo o tipo, Israel representa um importante aviso a políticos conservadores."

Outras fontes sobre a vacinação experimental


Em julho, o médico epidemiologista e cardiologista, Peter McCullough, professor de Medicina na Universidade de Baylor, nos EUA, alertou para uma possível subnotificação das mortes por vacina. O especialista estima que nos últimos 4 meses as mortes causadas por vacina podem ter chegado a 50 mil.

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Conhecimento Puro e Aplicado, Iniciativa de Política de Saúde Pública (PHPI) e a A&M Faculdade de Medicina, ambos no Texas, concluiu que o número de casos de miocardite (inflamação no coração) em jovens vacinados contra covid, de 12 a 15 anos, é 19 vezes maior que o esperado após o início da vacinação com os “imunizantes” experimentais de mRNA.

O sistema Vaers, dos EUA, semelhante ao Vigimed, registrou 16.766 notificações de mortes de pessoas inoculadas com a vacina covid até o dia 08 de outubro de 2021. Isso é mais do que todas as mortes relatadas ao sistema de todas as outras vacinas combinadas durante nos últimos 22 anos, alertou o epidemiologista.

O Ministério da Saúde de Israel reconheceu que a vacina experimental da gigante farmacêutica Pfizer é a causa “provável” de 275 casos de miocardite, observados principalmente em adolescentes homens, de 16 a 19 anos, vacinados com a segunda dose. Em maio deste ano, o Centro para Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) dos Estados Unidos também registrou casos de miocardite em jovens e adolescentes.

Em 13 de abril de 2021, após registro de coágulos e falecimento, a agência americana suspendeu a vacina da Johnson & Johnson.

Para Renan, citar estudos úteis à população é um crime, o que considera como um "dolo eventual", quando o suposto criminoso publica informações assumindo os riscos dos eventuais danos à sociedade.

O relatório, assim, conclui que:

"Há o grupo formado por organizações que na aparência funcionam como empresas jornalísticas, o que se constata pelo nome e formato dos programas, além do modo de confecção das matérias. Faltam-lhes, no entanto, o devido compromisso com os princípios éticos da profissão, tais como a divulgação da informação precisa e correta, independentemente de sua origem jurídica e da linha política de seus proprietários ou diretores, e a produção pautada pela veracidade dos fatos, tendo por finalidade o interesse público."

O relatório, assim, nega a veículos como o BSM o status de empresa jornalística, o que abre portas para violação dos seus direitos de liberdade de imprensa.

Orginal em: Brasil Sem Medo
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