O Ministério da Saúde aqui do Brasil divulgou um comunicado em 23 de janeiro 2021. Citou uma série de trechos das cláusulas pré-contratuais da Pfizer, que o governo brasileiro classificou de “abusivas”. As cláusulas mencionadas no comunicado exigiam que o Brasil renunciasse à soberania de seus ativos no exterior em favor da Pfizer.
Também pediu que a lei brasileira não fosse aplicada à Pfizer - essencialmente isentando-a de responsabilidade civil no caso de os brasileiros apresentarem efeitos colaterais pós-vacinação. Além disso, as cláusulas também exigiam que o Brasil levasse em consideração possíveis atrasos na entrega e não penalizasse a Pfizer por esses atrasos.
De acordo com o especialista em legislação de saúde pública Lawrence Gostin, fabricantes de medicamentos como a Pfizer “não deveriam usar seu poder para limitar as vacinas que supostamente salvam vidas em países de baixa e média renda”. Gostin é o diretor do Centro de Colaboração da Organização Mundial de Saúde sobre Legislação Sanitária Nacional e Global. Ele acrescentou que empresas como a Pfizer não devem usar a proteção contra responsabilidades como uma "espada de Dâmocles pairando sobre as cabeças de países desesperados com uma população desesperada".
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