Uma pesquisa sobre as consequências neurológicas pós-vacinação COVID-19 tem ganhado destaque, especialmente no que diz respeito à presença de autoanticorpos. Autoanticorpos são anticorpos que, em vez de protegerem o corpo contra invasores externos, atacam os próprios tecidos do organismo. Esse estudo específico foca na prevalência de autoanticorpos IgG que atacam estruturas do sistema nervoso periférico em pacientes que desenvolveram uma síndrome neurológica após a vacinação contra a COVID-19.
O estudo investigou um grupo de pacientes que desenvolveram uma síndrome neurológica após a vacinação contra a COVID-19. Esses pacientes tinham uma idade média de 41 anos, com idades variando entre 21 e 62 anos, e 60% deles eram mulheres. Quase todos (98%) receberam uma vacina de mRNA, que é um dos tipos mais comuns de vacina contra a COVID-19.
Os pesquisadores compararam dois grupos: pacientes com síndrome neurológica pós-vacinação (PCVS) e um grupo controle. Eles descobriram que 18% dos pacientes com PCVS (9 de 50) apresentavam autoanticorpos contra o sistema nervoso periférico, em contraste com apenas 3% no grupo controle (1 de 35). Essa diferença foi estatisticamente significativa, com um valor de p=0,04, sugerindo que a presença desses autoanticorpos é mais comum em pacientes com PCVS.
Resultados Principais
Os pesquisadores compararam dois grupos: pacientes com síndrome neurológica pós-vacinação (PCVS) e um grupo controle. Eles descobriram que 18% dos pacientes com PCVS (9 de 50) apresentavam autoanticorpos contra o sistema nervoso periférico, em contraste com apenas 3% no grupo controle (1 de 35). Essa diferença foi estatisticamente significativa, com um valor de p=0,04, sugerindo que a presença desses autoanticorpos é mais comum em pacientes com PCVS.
Os sintomas começaram em um período que variou de uma hora a até 30 dias após a vacinação, com a maioria dos pacientes desenvolvendo sintomas em cerca de três dias. Os sintomas mais frequentes relacionados ao sistema nervoso periférico incluíram:
- Parestesia (sensações anormais como formigamento): 56% dos pacientes
- Dor neuropática (dor nos nervos): 22% dos pacientes
- Fasciculações (contrações musculares involuntárias): 22% dos pacientes
- Mialgia (dor muscular): 22% dos pacientes
Além disso, muitos pacientes também relataram:
- Fadiga: 46% dos pacientes
- Déficits cognitivos (dificuldades com memória e concentração): 36% dos pacientes
- Cefaleias (dores de cabeça): 30% dos pacientes
Exames e Resultados
Os exames laboratoriais e clínicos de rotina, como testes eletrofisiológicos e biópsias de pele, não mostraram alterações significativas. No entanto, a triagem para anticorpos que atacam o próprio corpo (autoanticorpos) revelou alguns achados interessantes:
- FAN positivo (anticorpos antinucleares, que indicam autoimunidade): presente em 24% dos pacientes, com títulos variando de 1:160 a 1:640.
- ENA positivo (outro grupo de autoanticorpos): encontrado em 4% dos pacientes.
- cANCAs elevados (anticorpos associados a vasculite): encontrado em 2% dos pacientes.
- pANCAs (outro tipo de anticorpo relacionado a vasculite): não foi encontrado em nenhum paciente.
Conclusão
Este estudo mostra que uma parcela de pacientes que receberam a vacina de mRNA contra a COVID-19 desenvolveram sintomas neurológicos, principalmente relacionados ao sistema nervoso periférico, dentro de um mês após a vacinação. Embora os exames convencionais não tenham revelado anomalias significativas, a presença de alguns autoanticorpos em uma fração dos pacientes sugere uma possível resposta autoimune, destacando a necessidade de mais estudos para entender melhor esses fenômenos.
Os achados desse estudo fazem parte de uma tendência crescente de pesquisas que ligam a presença de autoanticorpos séricos a desfechos clínicos negativos em várias condições, como AVC, demência e câncer. Embora esses autoanticorpos já fossem estudados no contexto de encefalites, sua relevância para outras condições neurológicas agora começa a ser reconhecida.
Este estudo reforça a necessidade de um entendimento mais profundo sobre os autoanticorpos no contexto das síndromes neurológicas associadas à vacinação contra a COVID-19. A presença significativa desses autoanticorpos em pacientes com PCVS sugere que eles podem desempenhar um papel importante na fisiopatologia dessas síndromes, destacando a importância de monitoramento e estudo contínuo nessa área.
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