O presidente argentino, Javier Milei, causou alvoroço internacional ao proferir um discurso contundente na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), no qual rejeitou o "Pacto para o Futuro", acusando a organização de impor uma "agenda ideológica" aos países membros e violar a soberania dos Estados-nação.
Milei, famoso por suas críticas veementes ao que considera interferências externas e políticas socialistas, chamou a ONU de um "Leviatã" — uma referência à mítica serpente marítima gigante —, comparando suas ações a um monstro que tenta controlar a vida dos cidadãos globais.
Milei reconheceu os sucessos iniciais da ONU na primeira metade do século XX, destacando o papel da organização na promoção da paz e na prevenção de conflitos. No entanto, ele afirma que a missão original da ONU foi "distorcida", e que a organização se transformou em um "monstro de múltiplos tentáculos", interferindo cada vez mais nos assuntos internos dos países membros.
Segundo o presidente argentino, a ONU agora busca "decidir não só o que cada Estado-nação deve fazer, mas também como os cidadãos do mundo devem viver", promovendo uma agenda globalista e coletivista, com ênfase em valores que ele considera socialistas. Para Milei, essa imposição ideológica representa uma ameaça direta à liberdade individual e à soberania dos países, o que justificaria sua posição de distanciamento e rejeição das iniciativas da ONU.
Milei reconheceu os sucessos iniciais da ONU na primeira metade do século XX, destacando o papel da organização na promoção da paz e na prevenção de conflitos. No entanto, ele afirma que a missão original da ONU foi "distorcida", e que a organização se transformou em um "monstro de múltiplos tentáculos", interferindo cada vez mais nos assuntos internos dos países membros.
Segundo o presidente argentino, a ONU agora busca "decidir não só o que cada Estado-nação deve fazer, mas também como os cidadãos do mundo devem viver", promovendo uma agenda globalista e coletivista, com ênfase em valores que ele considera socialistas. Para Milei, essa imposição ideológica representa uma ameaça direta à liberdade individual e à soberania dos países, o que justificaria sua posição de distanciamento e rejeição das iniciativas da ONU.
O Pacto para o Futuro: Um Plano de Ação ou uma Imposição Socialista?
O "Pacto para o Futuro", adotado por 193 países, é uma continuidade dos objetivos da Agenda 2030, que visa impor uma agenda desumana sob pretexto dos maiores desafios globais da nossa era, incluindo questões como paz, mudanças climáticas, inteligência artificial e a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Embora esses objetivos pareçam nobres, Milei denuncia que uma tentativa de "resolver os problemas da modernidade com soluções que atentam contra a soberania dos Estados-nação e violentam o direito à vida, à liberdade e à propriedade".
A acusação de Milei é de que a ONU estaria promovendo uma "política coletivista", que, segundo ele, acaba restringindo as liberdades individuais em favor de um modelo supranacional, que ele classifica como "socialista". Ele vai além, alegando que a ONU é ineficaz em lidar com ameaças globais como o terrorismo, e que sua estrutura, especialmente o Conselho de Segurança, foi "desnaturalizada", uma vez que os vetos permanentes são usados para proteger os interesses particulares de certas potências, em vez de preservar a segurança global.
A Agenda da Liberdade: A Alternativa de Milei à ONU
Como resposta àquilo que ele vê como um aprofundamento do "rumo trágico" iniciado pela Agenda 2030, Milei propõe uma "Agenda da Liberdade". Ele convida outras nações a se juntarem à Argentina em sua rejeição ao Pacto para o Futuro, buscando a criação de um novo modelo que promova o que ele chama de "valores universais de liberdade".
Milei acusa a ONU de hipocrisia em várias questões, como a inclusão de ditaduras no Conselho de Direitos Humanos — nomeadamente Cuba e Venezuela —, ao mesmo tempo em que prega a defesa dos direitos humanos. Além disso, ele critica o apoio da organização ao Estado de Israel e denuncia o que considera omissões em relação a violações de direitos das mulheres.
Uma Crítica à ONU ou Um Chamado ao Isolacionismo?
A postura de Milei gerou reações mistas na comunidade internacional. Alguns países, como a Rússia, Nicarágua, Coreia do Norte e Belarus, também expressaram oposição ao Pacto para o Futuro, unindo-se ao coro de críticas à ONU. No entanto, o que distingue a posição de Milei é a proposta de criar uma alternativa, uma nova agenda que seria guiada pelos princípios do liberalismo econômico e pela defesa intransigente das liberdades individuais.
Essa visão, no entanto, levanta questões sobre até que ponto a Argentina — ou qualquer outro país — pode realmente se desvincular de um organismo internacional tão influente quanto a ONU. A crítica de Milei à ONU reflete uma visão que desafia o sistema multilateralista e propõe um retorno à primazia das nações-estado, mas também carrega o risco de isolar a Argentina em um momento crítico para o país.
Conclusão
A crítica de Javier Milei à ONU e ao Pacto para o Futuro reflete uma visão libertária radical que questiona a legitimidade e o papel das organizações supranacionais na governança global. Sua "Agenda da Liberdade" propõe uma alternativa baseada na soberania estatal e nas liberdades individuais, mas encontra oposição em um mundo cada vez mais interconectado, onde os desafios globais parecem exigir cooperação multilateral.
Se essa nova agenda terá sucesso ou se acabará por isolar a Argentina e outros países que compartilham da mesma visão, ainda está por ser visto. O certo é que Milei, com suas críticas ferozes e propostas de ruptura, está moldando um novo debate sobre o papel das organizações internacionais e a soberania dos Estados em um mundo globalizado.
Siga o canal Coletividade Evolutiva e receba as principais notícias no seu Telegram!
Entrar no TelegramNos Apoies Hoje