O regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro está realizando prisões em massa de líderes da oposição após protestos em todo o país contra as eleições que os ativistas acreditam que o regime roubou.
A situação em todo o país continua a se deteriorar após a eleição presidencial de 28 de julho. A autoridade eleitoral, que é controlada pelo governo, declarou Maduro o vencedor, mas a oposição diz ter provas de que seu candidato, Edmundo González, venceu por uma vitória esmagadora.
O conselho eleitoral até agora se recusou a publicar uma análise detalhada do resultado. O governo de Maduro culpou um ataque cibernético pelo atraso. (Relacionado: Da Fraude à Repressão: Como as Eleições na Venezuela e no Brasil se Parecem)
Os manifestantes foram às ruas em todo o país após a declaração do resultado, no que muitos viram como o maior desafio até agora para 25 anos de governo socialista. Os protestos, por enquanto, diminuíram, mas as prisões de figuras importantes da oposição continuaram em uma operação apelidada de "Tun Tun" ou "Knock Knock".
Na semana passada, María Oropeza, uma líder da oposição, transmitiu ao vivo no Instagram quando a polícia invadiu sua casa e a levou embora. De acordo com a agência de notícias La Patilla, ela foi ouvida dizendo: "Peço ajuda, peço ajuda a todos que posso, não fiz nada de errado. Não sou um criminoso, sou apenas mais um cidadão que quer um país diferente. Deus e a Virgem sempre me acompanham".
Enquanto isso, Carlos Chancellor, um político da oposição no estado de Bolívar, também foi preso. Ele é o pai do jogador de futebol Jhon Chancellor, que joga pela seleção nacional.
O grupo pró-democracia Foro Penal calculou que até agora houve 780 prisões verificadas, embora o número real possa ser muito maior.
As nações ocidentais e vários governos sul-americanos questionaram os resultados oficiais das eleições.
O presidente do Chile, Gabirel Boric, disse na quarta-feira: "Não tenho dúvidas de que o governo de Maduro tentou cometer fraude nas eleições da Venezuela". Ele acrescentou que o Chile se recusaria a reconhecer o resultado.
Enquanto isso, Santiago Abascal, presidente do partido espanhol de direita VOX, escreveu aos presidentes de todos os grupos do Parlamento Europeu pedindo-lhes que se juntem a ele no apelo para que a UE reconheça o candidato da oposição Edmundo González como o presidente legítimo da Venezuela.
Escrevi aos presidentes de todos os grupos do Parlamento Europeu com o pedido de que se juntem à nossa exigência à União Europeia para o reconhecimento imediato de
@EdmundoGU como o presidente legítimo da Venezuela face à actual posição adoptada sob a influência de AR Josep Borrell e, portanto, de Pedro Sánchez e Rodríguez Zapatero, este já um óbvio cúmplice da ditadura e, portanto, co-responsável pelos seus crimes contra o povo venezuelano.
He escrito a los presidentes de todos los grupos del Parlamento Europeo con la petición de que se unan a nuestra exigencia a la Unión Europea del inmediato reconocimiento de @EdmundoGU como presidente legítimo de Venezuela frente a la posición actual adoptada bajo la influencia… https://t.co/e5pd6MLPWe pic.twitter.com/qXUHcm3qsR
— Santiago Abascal 🇪🇸 (@Santi_ABASCAL) August 7, 2024
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