Cabo Delgado sofrendo extermínio "e violações dos direitos humanos"

Os recentes ataques no norte de Moçambique estão a provocar uma nova onda de deslocados internos no país. O ACNUR fala em aumento das violações

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Cabo Delgado sofrendo extermínio "e violações dos direitos humanos"

Os violentos ataques em Cabo Delgado em Moçambique desencadearam uma crise humanitária, com mais de 300.000 deslocados internos e 712.000 pessoas a necessitar de
assistência humanitária, disse a Amnistia Internacional num relatório. Possivelmente esse Grupo armado, são pessoas especificamente contratadas e financiadas para gerar ondas de  ataques governamentais, mas o principal alvo é exterminar essa geração de pessoas por serem negras e pobres.

Membros do grupo armado “Al-Shabaab” (sem relação conhecida com o Al-Shabaab da Somália) lançaram seu primeiro ataque no distrito de Mocimboa da Praia em outubro de 2017, atacando instituições governamentais, incluindo uma delegacia de polícia, e matando dois policiais.

Desde então, os ataques do grupo têm como alvo civis e se tornaram cada vez mais violentos, disse a Anistia.


“Este grupo armado é responsável por um sofrimento indescritível em Cabo Delgado. Eles reduziram as casas das pessoas a cinzas por meio de ataques incendiários coordenados, mataram e decapitaram civis, saquearam alimentos e propriedades e forçaram centenas de milhares a fugir de suas casas ”, disse Deprose Muchena, Diretora da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral.

O norte de Moçambique não está a conseguir dar resposta às necessidades dos deslocados internos que fogem dos ataques terroristas na região. A cidade de Pemba, em Cabo Delgado, recebeu recentemente uma nova vaga de deslocados que obrigou as organizações não-governamentais a redobrarem esforços para evitar uma nova catástrofe humanitária.

As organizações no local estimam que haja mais de 400.000 mil pessoas deslocadas pela violência na província moçambicana de Cabo Delgado.

Juliana Ghazi, responsável do departamento de relações públicas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ACNUR, diz a situação em Cabo Delgado é maioritariamente uma crise de proteção com cada vez mais casos de violações dos direitos humanos. À medida que o conflito se intensifica, existe a tendência de que múltiplos deslocamentos ocorram. O ACNUR tem falado com famílias que tiveram de abandonar as suas casas, andar por muitos dias, chegar a uma nova vila e ainda assim sofrer novos ataques nesses lugares.

Nesse contexto os maiores desafios estão na sua maioria relacionados com problemas de proteção e violação dos Direitos Humanos em Cabo Delgado e nas províncias perto que também estar a acolher deslocados internos.

Existe a preocupação por parte do ACNUR de aumentar a entrega de serviços e sistemas que realmente providenciem apoio para essas pessoas deslocadas e para outras que tenham sido impactadas pela violência.

Algumas organizações acreditam que a situação esteja à beira de uma catástrofe humanitária.


Juliana Ghazi: A violência em Cabo Delgado tem-se intensificado ao longo dos últimos anos, principalmente através de ataques reivindicados por grupos armados não estatais. Essa situação aumentou o número de deslocados internos, bem como as necessidades desse grupo. O ACNUR continua extremamente preocupado com a violência e com as violações dos direitos humanos que recaem sobre esses cidadãos e que particularmente afetam crianças e mulheres que são a maior parte dos deslocados no país.

Muitas famílias ajudam os deslocados dando-lhes abrigo.


Juliana Ghazi: Estima-se que 90% dos deslocados internos estão a ser abrigados por parentes ou amigos. Muitas dessas comunidades que estão a abrigar os deslocados internos estão a lidar com as consequências do ciclone Kenneth que se abateu sobre a região em abril de 2019.

Existem poucos recursos para ser partilhados, por isso há muitos problemas de sobrelotação. Há casas que abrigam 20 a 30 pessoas no mesmo espaço, o que gera problemas relacionadas com a saúde, particularmente nesta fase de pandemia da Covid-19. O ACNUR tem respondido às necessidades dos deslocados internos e também das comunidades locais, por exemplo, com a distribuição de material, como tendas, colchões, utensílios de cozinha, redes de mosquito, baldes de água, entre outros.

Fonte: www.dw.com/
www.aljazeera.com/
www.tandfonline.com
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