“Fui a Jacobina para ver o local e várias irregularidades foram apontadas naquela época. O grau de risco atribuído ao experimento foi o que geralmente se atribui a experimentos com plantas, e plantas não têm o poder para se reproduzir e se espalhar no ambiente. O risco com animais é sempre maior”, explica.
“Não foi feito nenhum estudo em laboratório antes de liberar no campo, eles jogaram em cima da população, de pessoas. Qualquer experimento com pessoas precisa de consentimento, o que não ocorreu. A população de Jacobina foi a primeira população brasileira que foi exposta a esses mosquitos”, diz o professor.
Mas o professor ainda questiona o local escolhido para o experimento: “Na época, os casos de dengue no Rio, por exemplo, eram maiores. Por que não fazer isso no Rio, e sim numa cidade do interior da Bahia, onde qualquer problema seria mais fácil de encobrir?”.
“Existe um risco, não sabemos ainda qual, se esse mosquito consegue sobreviver em ambientes que outros não sobrevivem, se ele é mais eficiente na cópula. O que sabemos é que, ao contrário do que prometia o estudo, o mosquito geneticamente modificado sobreviveu no ambiente e consegue se reproduzir”, detalhou Ferraz.
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